Gravura

sexta-feira, 16 de novembro de 2012


O que é gravura?

 

         O termo "gravura" é muito conhecido pela maioria das pessoas, no entanto, as várias modalidades que constituem esse gênero, costumam confundir-se entre si, ou com outras formas de reprodução gráfica de imagens. Isto faz da gravura uma velha conhecida, da qual pouco sabemos de fato.

 
       De um modo geral, chama-se "gravura" o múltiplo de uma Obra de Arte, reproduzida a partir de uma matriz. Mas trata-se aqui de um reprodução "numerada e assinada uma a uma", compondo desta forma uma edição restrita, diferente do "poster", que é um produto de processos gráficos automáticos, e reproduzido em larga escala sem a intervenção do artista.

 
     Um carimbo pode ser a matriz de uma gravura, a grosso modo. Mas quando esse "carimbo" é fruto da elaboração e manipulação minuciosa de um artista, temos um "original" - uma matriz - de onde surgirão as imagens que levarão um título, uma assinatura, a data e a numeração que a identificam dentro da produção desse artista: torna-se uma Obra de Arte.

 
        Cada imagem reproduzida desta forma, é única em si, independentemente de suas cópias, consequentemente, cada gravura "é única", é uma Obra original assinada. O fato de haver cópias da mesma imagem, nada tem a ver com a questão de sua originalidade. Ao contrário disso, a arte da gravura está justamente na perícia da reprodução da imagem, na fidelidade entre as cópias, este é um dos fatores que distinguem o artista "gravador".

 
    Quando falamos de gravura, temos em mente um processo inteiramente artesanal. Desde a confecção da matriz, até o resultado final da imagem impressa no papel, a mão do artista está em contato com a Obra.

 
    Depois de impressa, cada gravura recebe a avaliação particular do artista, que corrige os efeitos visuais ou os tons e cores, ou ainda, acrescenta ou elimina elementos que reforcem o caráter que quer dar à imagem.

 
    Quando a imagem chega ao "ponto", define-se a quantidade de cópias para a edição. As gravuras editadas são assinadas, numeradas e datadas pelo próprio artista. Em geral a numeração aparece no canto inferior esquerdo da gravura - 1/ 100, ou 32/ 50 por exemplo - isto indica o número do exemplar (1 ou 32), e quantas cópias foram produzidas daquela imagem (100 ou 50). O número de cópias varia muito, e depende de fatores imprevisíveis, que vão desde a possibilidade técnica que cada modalidade permite, ou também da demanda "comercial", ou do desejo do artista apenas. Grandes edições não chegam a 300 cópias, mas em geral o número é muito menor, ficando por volta de 100. Gravuras em Metal costumam ser as de menor tiragem, devido ao desgaste da matriz, que não costuma agüentar muito mais de 50 cópias.

 

Outras indicações também são usadas em gravuras: PI (prova do impressor), BPI (boa para impressão, quando chega-se ao resultado desejado para todas as cópias), PE (prova de estado, que indica uma etapa da imagem antes de sua configuração final), PCOR ( prova de cor, correspondendo à investigação de combinações de cores e tons), e também PA (prova do artista, que representa um percentual que o artista separa para seu acervo, em geral 10% da edição)

 

Além do trabalho do artista, há também a preciosa atuação do "impressor", uma figura que está atrás do pano, por assim dizer, alguém que não cria a imagem, tampouco assina a Obra, mas faz com que ela "apareça" aos olhos do artista, literalmente.

 

O impressor é quem domina os segredos do "processamento da matriz e da reprodução fiel das cópias". Há artistas impressores também, mas no geral, a gravura é fruto de um trabalho coletivo.

 

A gravura é um meio de expressão que sempre ocupou lugar de destaque na produção da maioria dos artistas, pois possui características sem equivalência em outras modalidades artísticas. Suas operações sofisticadas e a invenção dos métodos de imprimir, e das próprias prensas, fizeram do ofício do artista gravador um misto de gênio da criação, com engenheiro e alquimista. Não é difícil imaginar as dificuldades de produção de uma gravura em Metal, ou Litografia em épocas que eram iluminadas a fogo, num tempo em que a carroça e o cavalo eram os transportes mais comuns nas grandes cidades, e que nada se sabia sobre plástico ou nem se imaginava a possibilidade de comprar uma lixadeira elétrica na loja de ferragens.

 

A Arte da gravura exigia conhecimentos que iam muito além do seu próprio universo. E igualmente, sua penetração na sociedade nada tinha de comum com o que hoje observamos, daí seu alto valor como técnica e conhecimento dentro das atividades humanas num mundo pré-industrial.

 

A gravura serviu de laboratório para grandes idéias e para veicular ideais com maior facilidade, criando interação entre camadas distintas da sociedade.

 
          A interação do artista com o impressor pode comparar-se a do maestro com o músico durante uma sinfonia. Cada um é mestre em seu ofício, e não há mérito maior para um ou para outro, senão o de "juntos" obterem a Obra de Arte. No entanto, nos tempos atuais, muitas vezes o impressor é o próprio Artista, que concebeu a obra. 

 
         Existem vários tipos de gravura, ou, técnicas distintas de reproduzir uma Obra. As mais utilizadas pelos artistas são: a gravura em Metal, a Litografia, a Xilografia, o Linóleo e a Serigrafia.

 
        Darei uma breve descrição destas modalidades de gravura, apenas como uma aproximação inicial, levando em consideração que o estudo aprofundado exigiria muito mais tempo e formas específicas que fogem completamente do propósito deste blog . De alguma forma, contudo, investigaremos o fascinante universo da gravura e comprovaremos que ela é objeto de grande valor na história humana.



 GRavura e Gravadores:











 
 
 
 
 





A História da Gravura:











O que é?

CALCOGRAFIA OU GRAVURA EM METAL.




A gravura em Metal é uma das mais antigas, temos Obras nesta técnica, produzidas por vários gênios da Renascença, como Albert Dürer por exemplo, datando de 1500 d.C.
A técnica do Metal consiste na "gravação" de uma imagem sobre uma chapa de cobre. Os meios de obter a imagem sobre a chapa são muitos, e não seria exagero dizer que são quase "infinitos", pois cada artista desenvolve seu procedimento pessoal no trato com o cobre. De um modo geral, o artista faz o desenho por meio de uma ponta seca - um instrumento de metal semelhante a uma grande agulha que serve de "caneta ou lápis". A ponta seca risca a chapa, que tem a superfície polida, e esses traços formam sulcos, micro concavidades, de modo a reterem a tinta, que será transferida através de uma grande pressão, imprimindo assim, a imagem no papel.
Esta não é a única forma de trabalhar com o Metal, como dissemos antes, mas é um procedimento muito usual para os gravadores. Além de ferir a chapa de cobre com a ponta seca, obtendo o desenho, a chapa também pode receber banhos de ácido, que provocam corrosão em sua superfície, criando assim outro tipo de concavidades, e consequentemente, efeitos visuais. Desta forma o artista obtém gradações de tom e uma infinidade de texturas visuais. Consegue-se assim uma gama de tons que vai do mais claro, até o mais profundo escuro.
Os dois procedimentos, a ponta seca e os banhos de ácido, são usados em conjunto, e além destes, ainda há outros mais sofisticados, mas que exigem longas explicações, pois envolvem a descrição de operações muito complexas. A ponta seca é o instrumento mais comum, mas existem vários outros para gravar o cobre, cada qual conferindo um possibilidade diferente ao artista
GRAVURA EM METAL CALCOGRAFIA CALCOGRAVURA




Técnicas:


Talho-doce – feito com buril

•Ponta-seca

•Água-forte

•Água-tinta

•Maneira negra ou

mezzotinta

•Verniz mole



•Surge na metade do século XV(aproximadamente em 1446) – bastante ligada à atividade do ourives

•Século XVI consolida-se como forma de expressão em toda a Europa





Preparação da matriz


•Chanfradura. Feita nas bordas da placa de metal, para evitar que na ocasião da tiragem as arestas rompam o papel.

•Marca deixada no papel por essa chanfradura; testemunha, vinco.


Realização do bisel, ou chanfro


Desoxidação com vinagre e sal numa chapa de cobre






Pontas secas e Buris



Desenhando com a ponta seca
 



Água-forte



Termo usado até o século XVII para designar o ácido, chamado atualmente de nítrico, quando diluído em água. Por ser usado num dos processos da calcogravura, em que a imagem obtida na impressão é fixada sobre uma chapa metálica após a corrosão dos traços do artista, pelo ácido nítrico, passou a designar, além do processo, a matriz usada para a impressão da gravura e a própria gravura, já concluída.

O processo se dá a partir do revestimento da chapa - que pode ser de ferro, cobre, latão ou zinco - com um verniz de proteção, seguido da incisão do desenho que se deseja obter, com estilete ou outra ferramenta de ponta metálica. Dessa forma, o desenho aparece onde o verniz foi retirado, sem arranhar o metal, permitindo a ação do ácido, que forma os sulcos em que a tinta será colocada. O tempo do mergulho no ácido pode definir tonalidades diferentes e o processo pode ser repetido inúmeras vezes. O método da água-forte pode ser combinado com outros processos de gravura, em particular a ponta seca, mas difere de todos os outros por ser o único em que a gravação é feita totalmente pela ação dos ácidos.




Aplicação do verniz

Retirando o verniz – criação do desenho










Protegendo o verso com goma laca.




Chapa no ácido agitar a bacia para não acumular ácido.





Lavagem da placa. Em seguida deve-se desengordurar a placa com álcool e talco para iniciar impressão.
 



Àgua-Tinta

Gênero da calcografia no qual o processo de produção das matrizes é químico, como o da água-forte, e se dá através da utilização de alguns líquidos corrosivos. A placa utilizada pelo gravador é pulverizada ou pintada com algum tipo de resina – da mar, breu, copal, sandácara - ou por uma mistura de resina e outro componente - açúcar, sal, areia – e aquecida, de forma que a mistura se funda na placa, exercendo a mesma função protetora do verniz. Assim, quando a placa entra em contato com o ácido, os grãos de açúcar ou areia, por exemplo, produzem uma textura que é responsável pelo tom acinzentado da obra. Esse tipo de gravura oferece, como resultado, um desenho composto de áreas tonais e não linhas, como a gravação a entalhe.
Caixa de Breu
A Queima do Breu


Grão do Breu

 
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Maneira negra

 

Maneira negra pode ser considerada como uma técnica derivada da

Ponta - seca , pois é um processo de ataque direto do gravador sobre a matriz. A técnica consiste em aplicar pequenos furos na placa formando uma rede fina e compacta feita com uma ferramenta chamada Berçoaux. Algumas áreas da placa depois são raspadas e alisadas para que surjam as áreas brancas da imagem. O resultado é uma estampa com fundo escuro e as figuras em vários tons


O Berçoaux

O Raspador


Òleo e Brunidor





Verniz mole




•verniz não secante usado para pressionar e imprimir texturas sobre a chapa de metal


Receitas




Receitas de vernizes



VERNIZ DURO:

2 partes de betume em pó;

2 partes de cera de abelha;

1 parte de breu em pó.

(Obs. medidas em gramas)


• O preparo é feito em banho-maria em um vidro do tipo para maionese. Após derreter o betume, cera de abelha e breu, deixe a mistura aproximadamente no fogo por 20 minutos. Como verniz ainda quente, coloque em trouxinhas de seda e deixe esfriar. Depois de frio, amarre a ponta da trouxinha. Está pronto para usar.




VERNIZ A PINCEL

200 gr. de aguarrás

25 gr. de cera de abelha ou cera de carnaúba

25 gr. de betume em pó.

•Coloque 200 gr. de aguarrás em um vidro vazio (maionese) e adicione as 25 gr. de betume em pó. Misture a aguarrás e o betume com uma espátula de madeira e deixe em repouso por 12 horas.

•Depois, coloque o vidro em banho-maria.

•Em outro vidro vazio, coloque as 25 gr. de cera de abelha em banho-maria até derreter a cera. Depois, pegue o vidro com a aguarrás e o betume, que já estava em banho-maria e despeje no vidro que está acera derretida. Misture e deixe no fogo por 20 minutos. Deixe esfriar e depois tampe o vidro. Esse verniz deve ser passado com um pincel macio.


GOMA-LACA

1 parte de goma laca

3 partes de álcool

•Coloque três partes de álcool em um vidro vazio (maionese) e adicione uma parte de goma-laca (em pó). Tape o vidro e agite. A goma-laca deve ser passada com um pincel macio.



VERNIZ MOLE


2 partes de verniz duro;

1 parte de graxa de automóvel.

(Obs. medidas em gramas)

•O preparo é feito também em banho-maria. Pegue um vidro vazio (maionese), coloque as duas partes de verniz duro e deixe derreter. Depois, coloque a parte de graxa de automóvel. Misture e deixe no fogo por 20minutos.

•Com o verniz ainda quente, coloque em copinhos descartáveis (para café); deixe esfriar.

•Depois, corte o copinho descartável e retire o verniz (ele fica grudento). Envolva o verniz em um tecido de algodão ou de seda, amarre e faça uma boneca.

Ácidos

•Ácido nítrico ou azótico. Ataca todos os metais com exceção do ouro e platina. Tem um cheiro forte e é necessário muito cuidado em sua manipulação. Deve ser trabalhado com proteçãode óculos, com exaustor ou ao ar livre.

•Para corrosão em água-forte e usando-se o cobre, a sua diluição é a seguinte:

•Três partes de água para uma parte de ácido.

•O neutralizante da solução de ácido nítrico é o amoníaco.



Percloreto de ferro: é um sal que se utiliza para corrosão de chapas para circuito impresso(uso em eletrônica). Não tem aquele odor forte do ácido nítrico e seu ataque é bastante rápido.

É comercializado em pacotes que trazem a informação da diluição em água


Mordente holandês: é a mistura de três produtos: clorato de potássio, ácido clórico puro e água.

•Uma das fórmulas utilizadas é a seguinte:

•20 gr. de clorato de potássio

•100 gr. de ácido clorídrico puro

•880 gr. de água
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  O Buril.Tipos e Gravações.

 

O buril é uma ferramenta utilizada por joalheiros, e serve para engastar, gravura, para levantar grãos no metal, decorar, gravar e fazer outro tipo de texturas no ouro, prata e até mesmo em cobre e latão. Existem diferentes tipos de buril, cada um com uma função específica. Quando são comprados, os buris não vem preparados, assim cada profissional terá de preparar cada buril cuidadosamente para que esteja pronto para trabalhar.
A seguir está um exemplo de uma pequena gravação feita com um buril, esta técnica de gravação com um buril numa primeira fase parece ser um pouco difícil, no entanto com a prática o manuseamento do buril torna-se mais fácil.
Buril, buris, gravação, gravura
Exemplo de trabalho feito com um buril



O buril na sua forma original

Buril, buris para gravaçãoQuando comprado o buril, vem apenas como uma simples lâmina com uma determinada secção de corte como veremos a seguir. Também o cabo é adquirido separadamente. Cada joalheiro compra os buris e cabos de acordo com a sua forma de trabalhar e tipo de trabalho, e personaliza assim cada buril de acordo com a sua vontade.
Depois de adquirido o buril (lamina) e cabo que se pretende, é necessário ainda enfiar o cabo e depois preparar a lâmina.

Buril preparado

Esmerilado na ponta e com cabo
Buril para gravação

Preparação do buril passo a passo

Buril, buris para gravação
Antes de começar a utilizar um buril é necessário prepará-lo adequadamente para que seja mais fácil a sua utilização.
Antes de mais é necessário a aplicação de um cabo, cada profissional tem as suas preferências do tipo de formato de cabo, em baixo apresentamos os diferentes formatos de cabo disponíveis nas lojas de materiais para joalharia.
Preparação do buril passo a passo
  1. Escolher o cabo e buril (lamina) que se quer e ajustar o cabo na lâmina. Para este procedimento, pode-se prender a lamina em um torno e com um martelo bater no cabo para ele se ajustar adequadamente à lâmina e ficar bem preso.
  2. na imagem 2 verificamos já o cabo ajustado
  3. Para que um buril se torne adequado ao trabalho para o qual está destinado, é necessário ser desbastado com uma pedra de esmeril ou outro abrasivo adequado para o aço. (pode ser utilizado o motor de suspensão ou dremel para fazer este procedimento).
  4. A inclinação da frente do buril deve ter 45º e pode ser ajustada com uma pedra de arkansas (uma especie de pedra de esmeril branca muito fina própria para o efeito)

Tipos de cabos para buril

Tipos de cabos de buril

Preparação do buril (lamina), esmerilar passo a passo

Pode-se esmerilar o buril com uma máquina própria, e também pode ser feito com discos de esmeril ou outro abrasivo adequado para o efeito aplicado num motor de suspensão ou num dremel. Com o disco, desgasta-se um pouco menos de metade da altura da lâmina, em mais ou menos 2/3 do comprimento (esbatendo no comprimento), como vemos nas imagens que se seguem:
Buril, buris
Existem diversos formatos de buril, cada um com uma funcionalidade específica, vemos a seguir alguns perfis de buril e efeitos de gravação. Na imagem que se segue estão os formatos de buril, meia cana, de fios, amendoado e em faca. existem muitos outros perfis de buril, como podemos ver também na imagem de perfis.
Buril, buris, gravação, gravuraBuril, buris para gravação
A – Buril Semi amendoado
B – Buril Meia cana
C – Buril
D – Buril em faca
E – Buril Quadrado
F – Buril Facetado
G – Buril Losangulo
H – Buril Losangulo
I – Buril Losangulo
J – Buril amendoado
Buril, buris para gravação

Pedra de Arkansas – pedra abrasiva para afiar a extremidade dos buris e brocas




retirado do site: http://heartjoia.com












 
 
Vídeo-Aula para Gravar à Buril
 
 



O vídeo é um bom exemplo para iniciantes na gravação à buril.Já os de baixo são para aqueles que querem se aprofundar nssa técnica.Parece tão fácil, né? Mas não é, não. O Talho doce, como é chamada a gravação à Buril, é uma técnica que exige muita habilidade , paciência e persistência para aprender. não é à toa que os nossos "dinheirinhos" são gravados à Buril, na casa da moeda, por exímios gravadores. Sem dúvida, é uma técnica que exige muito virtuosismo, mas há quem, como eu ame este tipo de gravação!
Posteriormente, vou postar aqui fotos e usos dos modelos de buris .Existem vários, cada um com um talhe específico. O buril é uma ferramenta muito usada na joalheria e nós gravadores do metal,nos "apropiamos" dela, pois seu corte é muito diferente da Ponta-seca.Uma vez que ele naõ deixa rebarba na placa, dessa forma o corte produzido é uma linha limpa e muito bonita,dá o nome "talho-doce"!
Aguardem!










 A Mezzotinta, ou Maneira Negra


 
Em um post anterior falei um pouquinho sobre uma técnica de "Calco" chamada "Maneira Negra" ou "Mezzotinta". Então, hoje vou mostrar a minha aventura pessoal nessa técnica.
O Resultado é lindo, mas o caminho é meio penoso, tenho que admitir( minha Tendinite que o diga, KKKK). Então vamos lá!

Primeiro você tem de preparar a chapa de cobre, normalmente isso significa ,polir(se você quer que a sua gravura tenha brancos puros) e fazer o chamfro(veja no post anterior).Feito isso, você pegará o "Berceaux", esta ferramenta aqui em baixo:




Agora , é "mãos à obra"! Fazendo movimentos de um lado para outro, em todos os sentidos, a chapa vai sendo gradativamente gravada.Para saber se a sua maneira negra, já está negra o suficiente, é só tirar uma prova imprimindo uma cópia. Assim você se poderá saber o quanto ainda terá de trabalhar para conseguir o preto aveludado tão desejado. Aqui um exemplo:




Esta é a minha chapa, ainda vou ter muito trabalho pela frente.Imagino que ela ainda esteja uma "Maneira Cinza"!




O processo da maneira negra, é inverso ao das outras técnicas. Uma vez que parte-se do negro para o branco, e naõ o contrário como nas demais técnicas da calco.
Atinge-se o branco,por meio de um raspador e posteriormente de um Brunidor. Com este último, as rebarbas serão rebaixadas e a chapa alisada, a tal ponto que o branco surgirá na imagem. Dai, é só ir seguindo o seu esboço prévio, de desenho. O resultado fica mais ou menos assim:




Lindo, né?!Pretos aveludados e brancos surgindo na imagem, meio em degradê.
Aqui temos um vídeo da execução desta técnica:



Mas se você naõ possui um Berceaux, é possível gravar com aquelas carretilhas usadas pelas costureiras para marcação de moldes. Ela funciona muito bem. Eu particularmente até prefiro, pois dói menos a mão!
Aqui uma fotinho, caso você naõ conheça:





È isso galera! Se gostou, comente!
Vou postando a evoluçaõ da minha "Maneira Negra" aqui para vocês acompanharem.

Bjão















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