O que é gravura?
O termo "gravura" é
muito conhecido pela maioria das pessoas, no entanto, as várias modalidades que
constituem esse gênero, costumam confundir-se entre si, ou com outras formas de
reprodução gráfica de imagens. Isto faz da gravura uma velha conhecida, da qual
pouco sabemos de fato.
Outras indicações também são
usadas em gravuras: PI (prova do impressor), BPI (boa para impressão, quando
chega-se ao resultado desejado para todas as cópias), PE (prova de estado, que
indica uma etapa da imagem antes de sua configuração final), PCOR ( prova de
cor, correspondendo à investigação de combinações de cores e tons), e também PA
(prova do artista, que representa um percentual que o artista separa para seu
acervo, em geral 10% da edição)
Além do trabalho do artista, há
também a preciosa atuação do "impressor", uma figura que está atrás
do pano, por assim dizer, alguém que não cria a imagem, tampouco assina a Obra,
mas faz com que ela "apareça" aos olhos do artista, literalmente.
O impressor é quem domina os
segredos do "processamento da matriz e da reprodução fiel das
cópias". Há artistas impressores também, mas no geral, a gravura é fruto
de um trabalho coletivo.
A gravura é um meio de expressão
que sempre ocupou lugar de destaque na produção da maioria dos artistas, pois
possui características sem equivalência em outras modalidades artísticas. Suas
operações sofisticadas e a invenção dos métodos de imprimir, e das próprias
prensas, fizeram do ofício do artista gravador um misto de gênio da criação,
com engenheiro e alquimista. Não é difícil imaginar as dificuldades de produção
de uma gravura em Metal, ou Litografia em épocas que eram iluminadas a fogo,
num tempo em que a carroça e o cavalo eram os transportes mais comuns nas
grandes cidades, e que nada se sabia sobre plástico ou nem se imaginava a
possibilidade de comprar uma lixadeira elétrica na loja de ferragens.
A Arte da gravura exigia
conhecimentos que iam muito além do seu próprio universo. E igualmente, sua
penetração na sociedade nada tinha de comum com o que hoje observamos, daí seu
alto valor como técnica e conhecimento dentro das atividades humanas num mundo
pré-industrial.
A gravura serviu de laboratório
para grandes idéias e para veicular ideais com maior facilidade, criando
interação entre camadas distintas da sociedade.
GRavura e Gravadores:
A História da Gravura:
O que é?
CALCOGRAFIA OU GRAVURA EM METAL.
A gravura em Metal é uma das mais antigas, temos Obras nesta técnica, produzidas por vários gênios da Renascença, como Albert Dürer por exemplo, datando de 1500 d.C.
A técnica do Metal consiste na "gravação" de uma imagem sobre uma chapa de cobre. Os meios de obter a imagem sobre a chapa são muitos, e não seria exagero dizer que são quase "infinitos", pois cada artista desenvolve seu procedimento pessoal no trato com o cobre. De um modo geral, o artista faz o desenho por meio de uma ponta seca - um instrumento de metal semelhante a uma grande agulha que serve de "caneta ou lápis". A ponta seca risca a chapa, que tem a superfície polida, e esses traços formam sulcos, micro concavidades, de modo a reterem a tinta, que será transferida através de uma grande pressão, imprimindo assim, a imagem no papel.
Esta não é a única forma de trabalhar com o Metal, como dissemos antes, mas é um procedimento muito usual para os gravadores. Além de ferir a chapa de cobre com a ponta seca, obtendo o desenho, a chapa também pode receber banhos de ácido, que provocam corrosão em sua superfície, criando assim outro tipo de concavidades, e consequentemente, efeitos visuais. Desta forma o artista obtém gradações de tom e uma infinidade de texturas visuais. Consegue-se assim uma gama de tons que vai do mais claro, até o mais profundo escuro.
Os dois procedimentos, a ponta seca e os banhos de ácido, são usados em conjunto, e além destes, ainda há outros mais sofisticados, mas que exigem longas explicações, pois envolvem a descrição de operações muito complexas. A ponta seca é o instrumento mais comum, mas existem vários outros para gravar o cobre, cada qual conferindo um possibilidade diferente ao artista
A gravura em Metal é uma das mais antigas, temos Obras nesta técnica, produzidas por vários gênios da Renascença, como Albert Dürer por exemplo, datando de 1500 d.C.
A técnica do Metal consiste na "gravação" de uma imagem sobre uma chapa de cobre. Os meios de obter a imagem sobre a chapa são muitos, e não seria exagero dizer que são quase "infinitos", pois cada artista desenvolve seu procedimento pessoal no trato com o cobre. De um modo geral, o artista faz o desenho por meio de uma ponta seca - um instrumento de metal semelhante a uma grande agulha que serve de "caneta ou lápis". A ponta seca risca a chapa, que tem a superfície polida, e esses traços formam sulcos, micro concavidades, de modo a reterem a tinta, que será transferida através de uma grande pressão, imprimindo assim, a imagem no papel.
Esta não é a única forma de trabalhar com o Metal, como dissemos antes, mas é um procedimento muito usual para os gravadores. Além de ferir a chapa de cobre com a ponta seca, obtendo o desenho, a chapa também pode receber banhos de ácido, que provocam corrosão em sua superfície, criando assim outro tipo de concavidades, e consequentemente, efeitos visuais. Desta forma o artista obtém gradações de tom e uma infinidade de texturas visuais. Consegue-se assim uma gama de tons que vai do mais claro, até o mais profundo escuro.
Os dois procedimentos, a ponta seca e os banhos de ácido, são usados em conjunto, e além destes, ainda há outros mais sofisticados, mas que exigem longas explicações, pois envolvem a descrição de operações muito complexas. A ponta seca é o instrumento mais comum, mas existem vários outros para gravar o cobre, cada qual conferindo um possibilidade diferente ao artista
GRAVURA EM METAL CALCOGRAFIA CALCOGRAVURA
Técnicas:
•Talho-doce – feito com buril
•Ponta-seca
•Água-forte
•Água-tinta
•Maneira negra ou
mezzotinta
•Verniz mole
•Surge na metade do século XV(aproximadamente em 1446) – bastante ligada à atividade do ourives
•Século XVI consolida-se como forma de expressão em toda a Europa
•Chanfradura. Feita nas bordas da placa de metal, para evitar que na ocasião da tiragem as arestas rompam o papel.
•Marca deixada no papel por essa chanfradura; testemunha, vinco.
Desoxidação com vinagre e sal numa chapa de cobre
Desenhando com a ponta seca
O processo se dá a partir do revestimento da chapa - que pode ser de ferro, cobre, latão ou zinco - com um verniz de proteção, seguido da incisão do desenho que se deseja obter, com estilete ou outra ferramenta de ponta metálica. Dessa forma, o desenho aparece onde o verniz foi retirado, sem arranhar o metal, permitindo a ação do ácido, que forma os sulcos em que a tinta será colocada. O tempo do mergulho no ácido pode definir tonalidades diferentes e o processo pode ser repetido inúmeras vezes. O método da água-forte pode ser combinado com outros processos de gravura, em particular a ponta seca, mas difere de todos os outros por ser o único em que a gravação é feita totalmente pela ação dos ácidos.
Aplicação do verniz
Retirando o verniz – criação do desenho
Chapa no ácido agitar a bacia para não acumular ácido.
Lavagem da placa. Em seguida deve-se desengordurar a placa com álcool e talco para iniciar impressão.
Àgua-Tinta
Gênero da calcografia no qual o processo de produção das matrizes é químico, como o da água-forte, e se dá através da utilização de alguns líquidos corrosivos. A placa utilizada pelo gravador é pulverizada ou pintada com algum tipo de resina – da mar, breu, copal, sandácara - ou por uma mistura de resina e outro componente - açúcar, sal, areia – e aquecida, de forma que a mistura se funda na placa, exercendo a mesma função protetora do verniz. Assim, quando a placa entra em contato com o ácido, os grãos de açúcar ou areia, por exemplo, produzem uma textura que é responsável pelo tom acinzentado da obra. Esse tipo de gravura oferece, como resultado, um desenho composto de áreas tonais e não linhas, como a gravação a entalhe.
Caixa de Breu
A Queima do Breu
Grão do Breu
Maneira negra
Maneira negra pode ser considerada como uma técnica derivada da
Ponta - seca , pois é um processo de ataque direto do gravador sobre a matriz. A técnica consiste em aplicar pequenos furos na placa formando uma rede fina e compacta feita com uma ferramenta chamada Berçoaux. Algumas áreas da placa depois são raspadas e alisadas para que surjam as áreas brancas da imagem. O resultado é uma estampa com fundo escuro e as figuras em vários tons
O Berçoaux
O Raspador
Òleo e Brunidor
Verniz mole
•verniz não secante usado para pressionar e imprimir texturas sobre a chapa de metal
Receitas de vernizes
VERNIZ DURO:
2 partes de betume em pó;
2 partes de cera de abelha;
1 parte de breu em pó.
(Obs. medidas em gramas)
• O preparo é feito em banho-maria em um vidro do tipo para maionese. Após derreter o betume, cera de abelha e breu, deixe a mistura aproximadamente no fogo por 20 minutos. Como verniz ainda quente, coloque em trouxinhas de seda e deixe esfriar. Depois de frio, amarre a ponta da trouxinha. Está pronto para usar.
VERNIZ A PINCEL
200 gr. de aguarrás
25 gr. de betume em pó.
•Coloque 200 gr. de aguarrás em um vidro vazio (maionese) e adicione as 25 gr. de betume em pó. Misture a aguarrás e o betume com uma espátula de madeira e deixe em repouso por 12 horas.
•Depois, coloque o vidro em banho-maria.
•Em outro vidro vazio, coloque as 25 gr. de cera de abelha em banho-maria até derreter a cera. Depois, pegue o vidro com a aguarrás e o betume, que já estava em banho-maria e despeje no vidro que está acera derretida. Misture e deixe no fogo por 20 minutos. Deixe esfriar e depois tampe o vidro. Esse verniz deve ser passado com um pincel macio.
GOMA-LACA
1 parte de goma laca
3 partes de álcool
•Coloque três partes de álcool em um vidro vazio (maionese) e adicione uma parte de goma-laca (em pó). Tape o vidro e agite. A goma-laca deve ser passada com um pincel macio.
VERNIZ MOLE
2 partes de verniz duro;
1 parte de graxa de automóvel.
(Obs. medidas em gramas)
•O preparo é feito também em banho-maria. Pegue um vidro vazio (maionese), coloque as duas partes de verniz duro e deixe derreter. Depois, coloque a parte de graxa de automóvel. Misture e deixe no fogo por 20minutos.
•Com o verniz ainda quente, coloque em copinhos descartáveis (para café); deixe esfriar.
•Depois, corte o copinho descartável e retire o verniz (ele fica grudento). Envolva o verniz em um tecido de algodão ou de seda, amarre e faça uma boneca.
Ácidos
•Ácido nítrico ou azótico. Ataca todos os metais com exceção do ouro e platina. Tem um cheiro forte e é necessário muito cuidado em sua manipulação. Deve ser trabalhado com proteçãode óculos, com exaustor ou ao ar livre.
•Para corrosão em água-forte e usando-se o cobre, a sua diluição é a seguinte:
•Três partes de água para uma parte de ácido.
•O neutralizante da solução de ácido nítrico é o amoníaco.
•Percloreto de ferro: é um sal que se utiliza para corrosão de chapas para circuito impresso(uso em eletrônica). Não tem aquele odor forte do ácido nítrico e seu ataque é bastante rápido.
É comercializado em pacotes que trazem a informação da diluição em água
•Mordente holandês: é a mistura de três produtos: clorato de potássio, ácido clórico puro e água.
•Uma das fórmulas utilizadas é a seguinte:
•20 gr. de clorato de potássio
•100 gr. de ácido clorídrico puro
•880 gr. de água
:
O buril é uma ferramenta utilizada por joalheiros, e serve para engastar, gravura, para levantar grãos no metal, decorar, gravar e fazer outro tipo de texturas no ouro, prata e até mesmo em cobre e latão. Existem diferentes tipos de buril, cada um com uma função específica. Quando são comprados, os buris não vem preparados, assim cada profissional terá de preparar cada buril cuidadosamente para que esteja pronto para trabalhar.
A seguir está um exemplo de uma pequena gravação feita com um buril, esta técnica de gravação com um buril numa primeira fase parece ser um pouco difícil, no entanto com a prática o manuseamento do buril torna-se mais fácil.
Exemplo de trabalho feito com um buril
O buril na sua forma original
Quando comprado o buril, vem apenas como uma simples lâmina com uma determinada secção de corte como veremos a seguir. Também o cabo é adquirido separadamente. Cada joalheiro compra os buris e cabos de acordo com a sua forma de trabalhar e tipo de trabalho, e personaliza assim cada buril de acordo com a sua vontade.Depois de adquirido o buril (lamina) e cabo que se pretende, é necessário ainda enfiar o cabo e depois preparar a lâmina.
Buril preparado
Esmerilado na ponta e com caboPreparação do buril passo a passo
Antes de começar a utilizar um buril é necessário prepará-lo adequadamente para que seja mais fácil a sua utilização.
Antes de mais é necessário a aplicação de um cabo, cada profissional tem as suas preferências do tipo de formato de cabo, em baixo apresentamos os diferentes formatos de cabo disponíveis nas lojas de materiais para joalharia.
Preparação do buril passo a passo
- Escolher o cabo e buril (lamina) que se quer e ajustar o cabo na lâmina. Para este procedimento, pode-se prender a lamina em um torno e com um martelo bater no cabo para ele se ajustar adequadamente à lâmina e ficar bem preso.
- na imagem 2 verificamos já o cabo ajustado
- Para que um buril se torne adequado ao trabalho para o qual está destinado, é necessário ser desbastado com uma pedra de esmeril ou outro abrasivo adequado para o aço. (pode ser utilizado o motor de suspensão ou dremel para fazer este procedimento).
- A inclinação da frente do buril deve ter 45º e pode ser ajustada com uma pedra de arkansas (uma especie de pedra de esmeril branca muito fina própria para o efeito)
Tipos de cabos para buril
Preparação do buril (lamina), esmerilar passo a passo
Pode-se esmerilar o buril com uma máquina própria, e também pode ser feito com discos de esmeril ou outro abrasivo adequado para o efeito aplicado num motor de suspensão ou num dremel. Com o disco, desgasta-se um pouco menos de metade da altura da lâmina, em mais ou menos 2/3 do comprimento (esbatendo no comprimento), como vemos nas imagens que se seguem:Existem diversos formatos de buril, cada um com uma funcionalidade específica, vemos a seguir alguns perfis de buril e efeitos de gravação. Na imagem que se segue estão os formatos de buril, meia cana, de fios, amendoado e em faca. existem muitos outros perfis de buril, como podemos ver também na imagem de perfis.
A – Buril Semi amendoado
B – Buril Meia cana
C – Buril
D – Buril em faca
E – Buril Quadrado
F – Buril Facetado
G – Buril Losangulo
H – Buril Losangulo
I – Buril Losangulo
J – Buril amendoado
Pedra de Arkansas – pedra abrasiva para afiar a extremidade dos buris e brocas
retirado do site: http://heartjoia.com
Vídeo-Aula para Gravar à Buril
O vídeo é um bom exemplo para iniciantes na gravação à buril.Já os de baixo são para aqueles que querem se aprofundar nssa técnica.Parece tão fácil, né? Mas não é, não. O Talho doce, como é chamada a gravação à Buril, é uma técnica que exige muita habilidade , paciência e persistência para aprender. não é à toa que os nossos "dinheirinhos" são gravados à Buril, na casa da moeda, por exímios gravadores. Sem dúvida, é uma técnica que exige muito virtuosismo, mas há quem, como eu ame este tipo de gravação!
Posteriormente, vou postar aqui fotos e usos dos modelos de buris .Existem vários, cada um com um talhe específico. O buril é uma ferramenta muito usada na joalheria e nós gravadores do metal,nos "apropiamos" dela, pois seu corte é muito diferente da Ponta-seca.Uma vez que ele naõ deixa rebarba na placa, dessa forma o corte produzido é uma linha limpa e muito bonita,dá o nome "talho-doce"!
Aguardem!
A Mezzotinta, ou Maneira Negra
Em um post anterior falei um pouquinho sobre uma técnica de "Calco" chamada "Maneira Negra" ou "Mezzotinta". Então, hoje vou mostrar a minha aventura pessoal nessa técnica.
O Resultado é lindo, mas o caminho é meio penoso, tenho que admitir( minha Tendinite que o diga, KKKK). Então vamos lá!
Primeiro você tem de preparar a chapa de cobre, normalmente isso significa ,polir(se você quer que a sua gravura tenha brancos puros) e fazer o chamfro(veja no post anterior).Feito isso, você pegará o "Berceaux", esta ferramenta aqui em baixo:
Esta é a minha chapa, ainda vou ter muito trabalho pela frente.Imagino que ela ainda esteja uma "Maneira Cinza"!
O processo da maneira negra, é inverso ao das outras técnicas. Uma vez que parte-se do negro para o branco, e naõ o contrário como nas demais técnicas da calco.
Atinge-se o branco,por meio de um raspador e posteriormente de um Brunidor. Com este último, as rebarbas serão rebaixadas e a chapa alisada, a tal ponto que o branco surgirá na imagem. Dai, é só ir seguindo o seu esboço prévio, de desenho. O resultado fica mais ou menos assim:
Lindo, né?!Pretos aveludados e brancos surgindo na imagem, meio em degradê.
Aqui temos um vídeo da execução desta técnica:
Mas se você naõ possui um Berceaux, é possível gravar com aquelas carretilhas usadas pelas costureiras para marcação de moldes. Ela funciona muito bem. Eu particularmente até prefiro, pois dói menos a mão!
Aqui uma fotinho, caso você naõ conheça:
È isso galera! Se gostou, comente!
Vou postando a evoluçaõ da minha "Maneira Negra" aqui para vocês acompanharem.
Bjão
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