Perébas

 A Fibromialgia, segundo Especilistas


Tipos de dor

Denominamos dor o que sentimos após uma pancada, ou quando um objeto perfura nossa pele, mas também quando a saudade de alguém ou a tristeza suga nossas forças.

Mas e quando a dor passa a não ter um ponto de origem específico e, além disso, a ocorrer de forma intensa e ininterrupta?

Essas são as principais características da fibromialgia, uma síndrome que faz referência a uma condição dolorosa generalizada e crônica.

Especialista no assunto, o Dr. Pedro Montoya, da Universidade das Ilhas Baleares (Espanha) esteve na Universidade Federal da Bahia, trazendo as últimas novidades sobre a fibromialgia e as dores crônicas em geral.

Aliviar, e não suportar

Montoya explicou os principais efeitos causados pela fibromialgia no cérebro.

Ao receber qualquer estímulo do, o cérebro ativa as defesas pessoais e autoriza a liberação de hormônio que ajudará a aliviar os constrangimentos dolorosos.

Segundo o pesquisador, o problema surge quando tais estímulos passam a ser frequentes.

"Quanto mais o cérebro for castigado pela dor, mais dificuldade terá em realizar as funções delegadas a ele. Por isso, é de extrema importância procurar métodos para aliviar as dores, e não suportá-las," alerta o pesquisador.

Desconexão entre sensação e corpo

Estudos demonstram que a atividade cerebral de um paciente diagnosticado com a fibromialgia interpreta informações cotidianas de maneira equivocada.

"Há uma relação desnivelada entre o estímulo e a sensação da dor. Tocar levemente a pele de um paciente com dor crônica pode desencadear um quadro generalizado, já que não há relação direta entre a sensação e o corpo," afirmou Montoya.

Alterações no ritmo das passadas e no equilíbrio, disparidade na compreensão das emoções pessoais e alheias - situação que pode interferir diretamente no convívio em sociedade - também são consequências da doença reveladas pela pesquisa de Montoya, ainda em andamento.

"O cérebro de um paciente com a doença interpreta expressões de alegria e tristeza de maneira muito próximas", completa.

Causas da fibromialgia

As causas para o desenvolvimento da doença é o maior desafio para Montoya e, neste caso, todo o estudo se volta para esse fim.

Segundo ele, só a descoberta das causas poderá dar subsídios para o desenvolvimento de trataremos eficazes.

O que se sabe até o momento é que a experiência da dor surge da atividade cerebral e é modulada por diversos fatores bio-psico-sociais (genéticos, hormonais, cognitivos, emocionais, sociais, culturais), além da comprovação das alterações que ocorrem em tal atividade.

Complexidade da dor

O pesquisador chama atenção para a condição de complexidade da dor, reforçando o aspecto de que a mesma não é algo estático, mas que muda com o tempo.

Para ele, responder questões como localização e intensidade não são suficientes para nenhum tipo de diagnóstico que a tenha como principal sintoma.

Esses aspectos são imprescindíveis, entretanto, não podem limitar as investigações. "É necessário compreender a dinâmica da dor e como ela varia a - e na - atividade cerebral", defende.


dia 24/04/2012

Lidando com o cansaço (fadiga)


O cansaço é um dos sintomas mais desafiadores para os pacientes com fibromialgia. Muitos pacientes já acordam cansados, com pouca reserva de energia para lidar com as atividades de um dia normal.
Algumas técnicas podem ser úteis para uma melhor de conservação da energia e redução do cansaço:

1)Planejar: organize suas tarefas de uma maneira racional. Deixe espaços no dia para descanso. Inclua sempre o tempo de fazer a atividade física nos momentos que estiver mais disposta, deixando para momentos em que estiver mais cansada, tarefas mais fáceis. Quando se sentir melhor, não tente “compensar” e fazer tudo o que você não fez nos dias anteriores.

2)Priorizar: Faça as coisas importantes primeiro; deixe coisas menos importantes para fazer outra hora. Organize suas tarefas em listas, numa ordem ordinal – as coisas mais importantes primeiro.

3)Eliminar: Pode ser que você tenha que eliminar tarefas que você fazia antes – evite ter coisas que dão muito trabalho para serem conservadas.

4)Delegar: A maioria das pessoas gosta de fazer as coisas pessoalmente ou que elas sejam feitas do seu jeito. Porém, haverá coisas que você terá que pedir para os outros façam. Peça ajuda, não reclame se os outros fizerem as coisas de uma maneira um pouco diferente da sua e sempre agradeça. Considere, se possível, contratar alguém que ajude no serviço mais pesado pelo menos uma vez por semana.

5)Organizar: Mantenha a casa organizada de maneira simples; remova móveis que não sejam necessários, dê roupas que você não usa, organize os objetos de limpeza e a despensa.

6)Aja de maneira lógica: Sempre simplifique a sua vida. Quando for ao mercado, compre coisas para serem estocadas, para que não precise voltar várias vezes. Sempre que sair de casa, tente aproveitar para comprar e fazer tudo em um só lugar (por exemplo, um hipermercado).

7)Use bem os seus horários de maior energia: Geralmente o período da manhã é melhor para quem tem fibromialgia. Deixe as tarefas mais importantes para este período.Tire uma soneca antes de sair à noite, para não se sentir tão cansada.

8)Permita-se estar bem: continue sempre a aproveitar momentos com a família, amigos, companheiros. Deixe os seus horários de maior energia também para cultivar estes momentos.
Eduardo S. Paiva
Reumatologista
Chefe do Ambulatório de Fibromialgia do HC-UFPR, Curitiba

Fonte:www.fibromialgia.com




Fadiga na Fibromialgia pode ser mais do que cansaço




Entrevistas detalhadas de 40 pacientes com fibromialgia a partir de três países (Estados Unidos, Alemanha e França) revelam que o cansaço é o segundo sintoma mais incômodo após a dor .*

A investigação iniciou com base em estudos envolvendo feedback do paciente em que o cansaço era um sintoma implícito que merecia ser avaliado em ensaios de tratamento clínicos. Atualmente, o sucesso de um tratamento depende principalmente da forma como ele reduz a dor da fibromialgia, com pouca ou nenhuma atenção paga à fadiga. Além disso, não há entendimento claro das principais características da fadiga.

As entrevistas foram realizadas com perguntas abertas, como "Diga-me sobre a sua experiência de ter fibromialgia? Assim, o objetivo das entrevistas não foi especificamente para obter informações sobre a fadiga, porque os investigadores queriam ouvir o que os pacientes tinham a dizer espontaneamente sobre seus sintomas.A duração média dos sintomas da fibromialgia para os 40 participantes foi de 6,6 anos, a idade média foi de 49, e 70 por cento eram do sexo feminino. Quando perguntado sobre sua experiência com fibromialgia, os seguintes sintomas foram relatados espontaneamente:
dor (78%)fadiga (43%)dificuldade para dormir (18%)problemas de mobilidade (10%)
Lembre-se, este foi baseado em seus comentários não solicitados sobre a fibromialgia. Quando pedido para classificar os três primeiros sintomas, a ordem era basicamente o mesmo, mas os percentuais foram muito maiores."Fadiga na fibromialgia foi descrito como um forte sensação de cansaço que não foi reparado ao dormir ou descansar e muitas vezes não é proporcional ao esforço exercido (ou seja, os participantes descreveram ficar cansado depois de fazer muito pouco)", afirmam os autores. Os participantes também deixaram claro que sua fadiga não era apenas "cansaço normal."Os participantes ainda descreveram o cansaço em oito categorias que muitos de vocês podem provavelmente relatar:1 - Esmagadora sensação de cansaço (43%)
(por vezes até ao ponto que não podiam fazer nada)
2 - Não é aliviado pelo descanso ou sono (38%)
(a fadiga persistiu mesmo depois que o paciente sentia um sono de boa noite)
3 - Não é proporcional ao esforço exercido (63%)
(não leva muito para provocar este sintoma)
4 - Sensação de fraqueza ou peso (28%)
(o corpo se sente pesado, fraco, ou não tem força)
5 - Difícil de obter motivados (83%)
(é preciso um grande esforço para fazer as coisas, como só sair da cama e "ir andando" na parte da manhã)
6 - Dificuldade em fazer as coisas que eles querem fazer (60%)
(a fadiga / cansaço torna difícil fazer o que querem ou precisam ser feitas)
7 - Tendo de fazer as coisas de forma mais lenta (38%)
(que leva mais tempo para fazer as coisas e alguns pacientes sentiram que era relacionado à sensação de peso ou fraqueza)
8 - Dificuldade de se concentrar, pensar ou lembrar das coisas (68%)
(cansaço / fadiga afeta a capacidade de concentração, dificuldade em lembrar as coisas, dificuldade em pensar claramente ou permanecer focado)
"Homens e mulheres descreveram a experiência da fadiga e seu impacto no da mesma maneira", escrevem os autores.
Resumindo seus achados na fibromialgia ", o cansaço parece ser o segundo sintoma mais importante e que tem um impacto considerável na vida dos pacientes." Com base na diversidade de sintomas de fadiga relacionada com a fibromialgia, será um desafio para avaliar o impacto desse sintoma em ensaios clínicos de tratamento. No entanto, os resultados deste estudo pode levar a melhores ferramentas para medir com precisão a "fadiga" em pacientes com fibromialgia.











Dores, cansaço, vertigem? Pode ser fibromialgia


Doença caracterizada por dores generalizadas pelo corpo atinge principalmente as mulheres entre 35 e 55 anos

Evelin Goldenberg


Wellington Cerqueira
Evelin: exames laboratoriais não identificam a doença
Estudos americanos mostram que a fibromialgia atinge cerca de 2% a 5% da população mundial, sendo 80% mulheres, com maior incidência entre 35 e 55 anos de idade. Caracterizada por dores generalizadas pelo corpo, a fibromialgia tem como principal obstáculo para seu tratamento a dificuldade de diagnóstico. Pessoas com a doença costumam ser “peregrinos”, indo de médico em médico, realizando múltiplos exames, sem conseguir esclarecer a causa real dos sintomas. Exames laboratoriais não identificam a doença, uma vez que seu diagnóstico é exclusivamente clínico. Portanto, o paciente precisa levar ao conhecimento do médico todos os detalhes dos sintomas. De acordo com o Colégio Americano de Reumatologia, a fibromialgia provoca dores difusas pelo corpo – acima e abaixo da cintura, do lado direito e esquerdo do corpo – por mais de três meses. Outros sintomas que podem aparecer são: fadiga inexplicável, dores de cabeça, distúrbio do sono (acordar cansada), bruxismo, formigamento nos braços e pernas, entre outros. A depressão aparece em 25% dos casos no momento do diagnóstico, já a história de depressão é encontrada em 50% dos casos.
A intensidade da dor varia de moderada a aguda, iniciando-se particularmente nos ombros e pescoço e torna-se generalizada depois de um tempo. No indivíduo geneticamente predisposto, pode ser desencadeada por fatores como traumas físicos ou psíquicos, mudanças climáticas, sedentarismo e ansiedade. O estresse emocional também é responsável por agravar ou precipitar o quadro. Fatos da história da vida do paciente, como traumas na infância, podem estar relacionados à fibromialgia. Portanto, uma história detalhada que inclui os sintomas da doença, inventários psicológico e social são a chave para o diagnóstico.
O tratamento divide-se em farmacológico e não-farmacológico. Múltiplos medicamentos podem ser utilizados, como antiinflamatórios, antidepressivos, anticonvulsivantes, relaxantes musculares, entre outros. Recentemente, foi lançado no mercado brasileiro um antidepressivo que combate as dores intensas provocadas pela fibromialgia com boa eficácia e poucos efeitos colaterais. O tratamento não-farmacológico inicia-se com o esclarecimento da doença, enfatizando que se trata de um problema real e não imaginário, sensação que surge após vários diagnósticos e tratamentos malsucedidos.
A reabilitação é fundamental, exercícios de alongamento ou hidroterapia, bem como atividades que melhorem a performance cardio-respiratória são recomendadas. É importante frisar que quanto mais
cedo o problema for detectado maiores são as chances de recuperação e de o paciente retomar sua
rotina normal.
* Evelin Goldenberg é reumatologista do Hospital Israelita Albert Einstein e professora colaboradora da disciplina de Clínica Médica da Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo.
Pílulas

» Fique atento aos sintomas: reclamação permanente de cansaço, dores pelo corpo, enxaqueca, alterações de humor, formigamentos em braços e pernas, sono que não restaura as energias, sacola de exames normais
» A doença também é comum entre as crianças, porém a sua prevalência ainda não foi determinada
» Para o tratamento pode-se usar terapia cognitiva comportamental. A acupuntura, usada no tratamento coadjuvante de síndromes dolorosas, leva à redução da ansiedade e da dor e mostra bons resultados no tratamento da fibromialgia quando realizada por médico que conhece com detalhes a doença
Fonte:http://www.terra.com.br/istoegente

Sem cura, mas com controle.Confira alguns tratamentos que ajudam a atenuar a dor

 
Mesmo sendo uma doença sem perspectiva de cura absoluta, é possível que o fibromiálgico melhore sua qualidade de vida após o diagnóstico. Os tratamentos que atenuam a dor são muitos e os resultados variam conforme a adaptação do paciente. Muitos relatam uma considerável melhora do quadro de dor após sessões de acupuntura, homeopatia, terapia cognitiva comportamental e exercícios físicos regulares.

O próprio médico Jacob Teitelbaum conta sua experiência. “Descobri minha fibromialgia em 1975, o que me forçou a abandonar a escola médica por um ano e me deixou à deriva por boa parte desse tempo. Mas eu me recuperei e desde então tenho tratado de milhares de pacientes que recuperaram suas vidas.” Jacob acredita que é preciso aprofundar as pesquisas para que se encontre uma cura. Nesse meio tempo, o ideal é que a pessoa teste diferentes tratamentos. Baseado em sua própria experiência, Jacob desenvolveu um programa na internet, também disponível para smartphones, que funciona como um “médico informatizado” (e patenteado), que pode analisar os sintomas do paciente e exames de sangue para determinar o que está causando sua fibromialgia, analisando o protocolo adequado de tratamento ao seu caso. O chamado Programa de Análise de Sintomas está disponível gratuitamente no web site www.endfatigue.com.

Placebo e remédios
Nos estudos liderados por Jacob Teitelbaum com placebos, houve melhora de 91% dos pacientes. A técnica também inclui uma estratégia de tratamento abrangente chamada de protocolo Shine, que zela pelo sono, suporte hormonal, infecções, suporte nutricional, exercícios, rastreamento da dor e mudança de atitude. “O método de tratamento não só aumenta significativamente a energia, mas também diminui consideravelmente a dor”, explica Jacob. Além disso, o estudo recente que incluiu 257 pacientes com fibromialgia, em 53 centros de tratamento, mostraram que a suplementação com nutrientes especiais chamados ribose (um açúcar de 5 carbonos), gerou um aumento de energia de 61%. Entre os novos medicamentos que têm se mostrado eficazes para diminuir a dor da fibromialgia estão o Lyrica, Cymbalta, e Savella (duloxetina pregabalina e milnaciprano), que podem ajudar a reduzir a dor durante o tratamento das causas subjacentes da doença.

Hidroterapia
É essencial que o fibromiálgico tenha uma rotina de exercícios físicos, pois o sedentarismo agrava profundamente o quadro de dor. Esses pacientes têm uma condição aeróbia menor que a média da população, e por isso têm eficiência cardiovascular e metabólica diminuída. Segundo um estudo de caso realizado pelo Centro Universitário Feevale, em Novo Hamburgo (RS), esse descondicionamento ocorre como resultado de inatividade dos pacientes em virtude da dor crônica, já que o músculo torna-se mais suscetível a microtraumas.

O resultado é o aumento da dor e a redução progressiva da atividade muscular. “Para quebrar esse ciclo é fundamental implementar a atividade física no programa de reabilitação. Dentro desse contexto, a hidroterapia tem surgido como uma alternativa bastante interessante para os pacientes com fibromialgia”,diz o estudo realizado por profissionais das áreas de bioquímica e fisioterapia.

Segundo o hidroterapeuta Marcos Palma, o exercício realizado na água provoca a diminuição do impacto sobre as articulações e a melhora do fluxo sanguíneo, o fortalecimento da musculatura decorrente da resistência imposta pelo líquido, além do relaxamento muscular induzido pela temperatura morna da água. A telefonista Maria do Carmo Batista, 41 anos, que convive com a dor decorrente de fibromialgia desde 1996, e acredita que muito de sua recuperação se deve às atividades na água. “Alivia demais. A hidroterapia foi o melhor tratamento para a minha dor. Antes tomava mais de seis remédios por dia, hoje, em dias de crise, tomo apenas dois. Além do mais, durante as aulas, conhecemos pessoas com o mesmo problema, e isso também é importante nesse processo”,enfatiza.

Lemeterapia
Quando o presidente da Associação Brasileira de Medicina Biomolecular, Paulo Luiz Farber, foi procurado pelo casal de terapeutas Lélio Lema e Hélen Leme, que afirmavam ter um tratamento eficaz para fibromialgia, indagou, de pronto, se o tal tratamento tinha algum trabalho científico que o sustentasse. Eles não o tinham, mas propuseram que Paulo os orientasse para tal. “A princípio, achei que somente mostrando as dificuldades de um trabalho científico eles desistiriam, mas estava enganado”, disse, em carta aberta publicada no site da Associação. Foram convocados voluntários portadores da doença, submetidos à avaliação dos pontos dolorosos.

Segue o relato de Paulo Farber: “A maioria não suportava nem ser tocada, tamanha era a dor. Os resultados foram impressionantes, mesmo sendo um estudo aberto (onde todos os pacientes receberam tratamento). Os pacientes voltavam contentes e todos, sem exceção, sentindo-se muito melhor. Muitos dos que andavam mancando já estavam caminhando normalmente, e até iniciando atividades físicas. A melhora da dor comprovada com o dolorímetro foi significativa, mesmo quando colocada nos testes estatísticos. A melhora na qualidade de vida, em todos os aspectos, foi ainda maior. Mas o mais impressionante foi que, após o tratamento, apenas uma paciente ainda tomava medicação – todos os outros deixaram, por conta própria, todos os remédios”.

O trabalho de Lélio e Hélen, agora conhecido como Lemeterapia, foi desenvolvido em 1998. O casal de massoterapeutas percebeu a demanda cada vez maior de pacientes com fibromialgia e, juntos, desenvolveram uma técnica de massagem específica para esse público. “Quando o fibromiálgico chega com o diagnóstico médico, a resposta à terapia é sempre muito positiva. A média é de que 98% deles apresentem uma melhora sensível da dor”, explica o criador do método, Lélio Leme.

Mas, em meio a tantos tratamentos sem destaque, como ele alcançou resultados tão positivos? “A diferença é que enxergamos o problema de uma forma nova. Por meio da terapia (que inclui aplicações de calor brando, aparelhos vibratórios e fricção), harmonizamos a musculatura, que volta à normalidade”,detalha Lélio. Segundo suas explicações, o fibromiálgico nada mais é que um refratário aos tratamentos convencionais. Então, eles acumulam todas essa tensões da doença e das frustrações da vida nos músculos, indevidamente. “Eles simplesmente não têm a capacidade de recuperação muscular, como uma pessoa normal. Então recuperamos essa musculatura manualmente. É muito simples na verdade”, detalha.

Lélio já atendeu mais de 1000 casos de fibromialgia e, hoje, seu instituto tem 13 filiais por todo o Brasil (a mais próxima de Brasília é em Goiânia), além de Portugal. Ele admite que muitos pacientes tiveram uma recuperação quase absoluta, e outros voltam para manutenção, quando sentem necessidade. “É algo que podia ajudar muita gente que está sofrendo. Mas não existe interesse da classe médica. Eles preferem indicar um medicamento a uma terapia eficaz. A própria indústria farmacêutica também atrapalha. Registramos o trabalho no Conselho de Medicina, mas existem muitas barreiras para que se reconheça a eficácia”, lamenta Lélio.

Na internet
www.fibromialgia.com.br– O site foi desenvolvido com o apoio da Apsen Farmacêutica, uma empresa tradicional no mercado farmacêutico. Traz textos elaborados por médicos gabaritados no assunto.
www.fmnetnews.com -Site informativo, com material educacional para leigos, web links, newsletters, calendário de eventos, atualizações sobre diagnóstico e tratamento.
vivendocomfibromialgia.blogspot.com
– A jovem Denise Arcoverde faz reflexões de suas descobertas sobre essa desordem. Com textos sinceros e divertidos, além de artigos médicos copiados em sites nacionais e internacionais.

fibromialgicas.blogspot.com– O blog compartilha histórias de moças fibromiálgicas de todo o mundo, e é sempre atualizado com notícias sobre o tema.
Comunidade Amigos de Fibra, no Orkut: Exclusiva para mulheres, a comunidade promove encontros, amigos ocultos, e abre espaço para que os membros dividam
suas experiências e dúvidas.

doença em números
Mais dados da Pesquisa Fibromialgia: Além da dor (os dados são referentes à pesquisa realizada com os brasileiros)

77% dos brasileiros com fibromialgia pensaram que os sintomas desapareceriam sozinhos
75% imaginavam ser capazes de controlar os sintomas
65% não sabiam que precisavam de cuidados médicos
63% não sabiam como descrever os sintomas ao médico
29% temiam que o médico não os levasse a sério
77% dos clínicos gerais e84% dos especialistas entrevistados acreditam que a enfermidade não é muito conhecida pela classe médica
46% dos clínicos gerais e 47% dos especialistas afirmaram ter dificuldades no diagnóstico da doença
98% dos fibromiálgicos relatam dores crônicas generalizadas, 95% relata dor articular e 81% cefaleia
92% dos fibromiálgicos apresentam dores pelo menos uma vez por semana, e 56% relata dores diárias
84% disseram que o grau de intensidade, em uma escala de 0 a 10, está entre 7 e 10
73% afirmam que a qualidade do trabalho foi deteriorada com a fibromialgia
88% desenvolveram depressão
95% têm dificuldades para dormir

Fonte:http://www.correiobraziliense.com.br

Publicação: 27/05/2011

NOVOS MEDICAMENTOS EM DESEMVOLVIMENTO PARA TRATAR A FIBROMIALGIA

 
POSSÍVEIS novos medicamentos em desenvolvimento para o tratamento da fibromialgia

A partir de 2007, o FDA aprovou três medicamentos para fibromialgia, Lyrica, Cymbalta e Savella. Vários outros medicamentos eram ou prontos para serem submetidos ao FDA para a aprovação ou em várias fases de ensaios clínicos, mas não foram aprovados ou arquivado pelas empresas de desenvolvimento de produtos farmacêuticos. Desde o início de 2009, quando a droga passado, Savella, foi aprovado, o desenvolvimento de novos medicamentos FM parece ter caído no esquecimento. O NFMCPA recentemente começou o processo de rastreamento de qualquer nova informação sobre medicamentos, a fim de atualizar nossos eleitores sobre os possíveis ensaios científicos e novas direções

fibromialgia desenvolvimento de drogas.

Parece que há atualmente dois medicamentos promissores em diversas fases de pesquisa: Effirma, sendo desenvolvido pela Biologics sintéticos, e TNX-102 um produto de tonix. Cada um destes medicamentos é único e seus mecanismos de ação (como eles funcionam) radicalmente diferente.

Effirma ou flupertine como é conhecido na Europa e outros países internacionais, é um fármaco analgésico analgésico que não pode ser descrito como um opióide, um esteróide, ou um contraste não-esteróide anti-inflamatório não esteróide (AINE), em que outros analgésicos disponíveis . Tem sido usado em Itália, Alemanha, Brasil, Portugal e outros países para o tratamento da dor crónica, mas não tenha sido aprovado para uso nos Estados Unidos. Em 2008, a Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) concedeu a permissão para conduzir a pesquisa clínica de Effirma para explorar seu uso como uma ferramenta fundamental para o tratamento da dor tratamento da fibromialgia. Parece que Biologics sintético está em algum lugar entre a fase II e fase III na progressão do desenvolvimento Effirma. Pensa-se que Effirma proporciona alívio da dor através da interação com os não-opiáceos vias neurais no sistema nervoso.

TNX-102 é um comprimido sublingual (SL) ou sob-a-lingueta com uma dose romance, uma tecnologia que permite a transmissão rápida de ciclobenzaprina para o corpo. O comprimido dissolve-se rapidamente e liberta a ciclobenzaprina, um relaxante muscular amplamente prescrito, a qual é absorvida através da membrana mucosa na corrente sanguínea do paciente. TNX-102 está em desenvolvimento, especificamente para o tratamento de fibromialgia. Nos ensaios iniciais, redução da dor músculo-esquelética, sensibilidade à dor, fadiga, alteração do humor e foram anotadas. Tonix espera TNX-102 para entrar em ensaios principais no primeiro trimestre de 2013.

Continue assistindo e-mails NFMCPA e artigos de revistas para atualizações de informações sobre estes medicamentos

Fonte:https://jmarcosrs.wordpress.com

27/10/2012

Desconhecimento, preconceito e um sofrimento terrível acompanham os pacientes de fibromialgia, doença que acomete sobretudo as mulheres. Demora do diagnóstico pode chegar a sete anos


Maria Fernanda Seixas - Correio Braziliense (Revista do Correio)

Publicação: 27/05/2011 16:20 Atualização: 28/05/2011 14:56

A média é de 29 meses de convivência intermitente com as dores musculares até que se procure ajuda médica. Do primeiro contato com o profissional de saúde até o diagnóstico correto, são mais cinco anos de espera e peregrinação em diversos especialistas. Num limbo de desinformações, agravado pelos contornos etéreis da fibromialgia, milhares de pessoas são assombradas por uma doença que, durante quase sete anos de suas vidas, não tem nome, não deixa escaras visíveis ou marcas que confirmem seu poder de devastação. Não bastasse a dor, o tempo desvela o preconceito gerado quando as únicas provas são olhos cansados, empregos perdidos, relacionamentos afetados e a própria identidade despedaçada, em busca de uma explicação. Os dados, coletados pela pesquisa Fibromialgia: além da dor, realizada pelo laboratório Pfizer, com médicos e pacientes do Brasil, México e Venezuela, confirmam o que cerca de 84% dos especialistas em dor e 98% dos fibromiálgicos já sabem: a fibromialgia ainda é um enigma para a sociedade.

Depois de uma década sentindo dores inexplicáveis, Analice recebeu o diagnóstico de fibromialgia

Analice Amarrilho, 37 anos, é um caso clássico desse quadro de espera. Desde criança, sente dores difusas pelo corpo, que eram diagnosticadas como dores do crescimento. O problema piorou com a morte do pai, aos 17 anos. Tratado como uma “estranha enxaqueca” pelos médicos, o dilema de Analice era visto como depressão ou mesmo frescura pelos parentes e amigos. “Em 2000, me mudei para Belém e as dores aumentaram assustadoramente. É uma dor que caminha pelo corpo. Algo que só quem tem a doença pode entender. Em 2001, finalmente recebi o diagnóstico e comecei a me tratar”, relata Analice. O tratamento da doença, ainda paliativo, nunca foi suficiente para cessar as crises de dor.“Continuei sentindo muitas dores, e sempre lutando para que elas não mudassem minha rotina. Mas em alguns dias eu tinha que tomar muitos analgésicos. Em 2007, parei de trabalhar. Meus reumatologistas dizem que numa escala de dor de 1 para 10, eu sou 11, tamanha sensibilidade que sinto. Tem dias que mal consigo passar o sabonete no corpo ou pentear o cabelo”, confessa.

Ainda que amparada por uma série de medicamentos, Analice segue a vida com dor. Mesmo com o crescente interesse da classe médica, em especial da indústria farmacêutica, que viu o potencial de lucro da fribromialgia, por se tratar de uma doença crônica, ainda não existem tratamentos indefectíveis, tampouco explicações definitivas para o problema. São milhões de dólares investidos em pesquisas ao redor do mundo. “O que sabemos é que é uma disfunção do sistema de percepção da dor, que causa uma hipersensibilidade no paciente. Mas ainda não existem dados mais concretos. E olha que os sintomas foram descritos ainda no começo do século 20. Ou seja, essa não é uma doença da vida moderna. Outro exemplo disso é que 7,3% dos amishes (grupo religioso cristão conhecido que recria o modo de vida rural do século 17) têm fibromialgia, mesmo tendo um estilo de vida nada urbano”, explica o médico reumatologista Eduardo Paiva, chefe do ambulatório de reumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná. A Revista conversou com médicos e pacientes para entender por que, afinal, essa é uma doença tão complexa e tão incompreendida.




Diversos artigos de médicos americanos descrevem a artista mexicana Frida Kahlo (1907-1954) como um caso clássico de fibromialgia pós-traumática. Esta pintura ao lado, um autorretrato da pintora sintetiza sua luta. Após o terrível acidente de ônibus que sofreu aos 18 anos, no qual teve graves traumas na coluna, perna e bacia, Frida padeceu de dor crônica e fadiga pelo resto da vida. No diário da pintora, um desenho dela chorando, com 11 flechas atravessadas em seu corpo, assinalam pontos anatômicos. Muitos deles mantiveram-se, depois, como os pontos fulcrais de dor da fibromialgia.

Um equívoco atrás do outro
O interesse pela elucidação do diagnóstico da fibromialgia surgiu em 1987, quando o médico Frederick Wolfe, então diretor do Arthritis Research Center Foundation, em Wichita, Kansas, Estados Unidos, percebeu as crescentes queixas de pacientes com dores musculares difusas, que não tinham nenhuma ligação com quaisquer patologias musculares conhecidas. Dr. Wolfe reuniu-se então com outros 20 reumatologistas americanos e, juntos, definiram, pela primeira vez, os critérios de diagnóstico — prontamente acatados pelo Colégio Americano de Reumatologia. Em 1990, a doença finalmente entrou para o léxico médico. O diagnóstico é simples. O médico deve pressionar, firmemente, 18 pontos específicos do corpo do paciente. Se for relatada dor em pelo menos 11 desses 18 pontos, é confirmada a fibromialgia.

Onze anos depois, porém, a classe médica ainda diverge quanto à sindrome. Há vertentes que acreditam que a causa seja uma disfunção neuronal, outras que ligam a doença à depressão e à insatisfação pessoal. Alguns afirmam que o problema é puramente muscular. Em entrevista à Revista, Jacob Teitelbaum, médico diretor do Fribomyalgia and Fatigue Centers, nos Estados Unidos, afirma que a pior concepção que se tem da doença é que ela é desencadeada por um fator psicológico. “Esse tipo de engano ocorreu muitas vezes no passado com outras doenças que acometem principalmente as mulheres. Por exemplo, esclerose múltipla costumava ser chamado de ‘paralisia histérica’ e lúpus era considerada uma forma de neurose por muitos médicos. A fibromialgia passou por um processo semelhante”, relata.

Segundo Teitelbaum, a maioria dos pesquisadores e centros acadêmicos reconhecem que a fibromialgia é uma doença real, física e devastadora.“Infelizmente, muitos médicos ainda têm a crença ultrapassada de que a fibromialgia é uma desordem psicológica. Esse é um equívoco abusivo e incapacitante para o paciente”, alerta.

Para Nortin Hadller, reumatologista e professor de microbiologia e imunologia da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, esse é um assunto extremamente delicado. “Fibromialgia é uma afirmação de incerteza. A patogênese dessa doença é intimamente associada com a busca de sua causa. Pessoas com dor generalizada persistente precisam entender isso quando‘escolhem’ ser pacientes e médicos precisam aprender isso para diminuir a nocividade do processo. Essa não é uma doença psicobiológica. Claro, a ausência de prova de uma causa não é prova de ausência. Talvez não haja nenhuma anormalidade biológica”, aponta.

“A esses pacientes, em busca desesperada por um rótulo que seja aceitável para a sociedade em geral e os seus agentes de credibilidade — a mídia, a indústria de seguros e a indústria farmacêutica — digo que a fibromialgia é um símbolo do processo de diagnóstico equivocado”, completa. Ao Correio, Nortin disse que esse é um assunto tão delicado quanto perigoso.“Seria necessário um ensaio para explicar as confusões que surgem quando se toca nesse tema.”

Conexão com a emoção
De acordo com Jacob Teitelbaum, praticamente todas as doenças têm uma combinação de componentes físicos e emocionais. Por exemplo, os ataques cardíacos são mais comuns em pessoas hostis. Mas isso não torna o ataque cardíaco uma doença emocional. “Quando reconhecermos que a tentativa de separar os componentes físicos e emocionais de uma doença é como tentar separar a cabeça e a cauda de uma moeda, os pacientes receberão atendimento muito melhor”, diz. O médico reumatologista Eduardo Paiva completa: “É impossível separar uma coisa da outra, até porque não existe dor sem emoção”.

Quando, onde e por quê?



Para entender o processo da fibromialgia, segundo Jacob Teitelbaum, médico diretor do Fribomyalgia and Fatigue Centers, é preciso pensar nela como uma crise “energética”, na qual os esforços colocados sobre o corpo humano destroem sua capacidade de produzir energia suficiente para que se mantenha em pleno funcionamento. Em essência, é semelhante ao que ocorre na nossa casa se sobrecarregarmos o circuito elétrico, queimando um fusível ou acionando um disjuntor. Nesse caso, o disjuntor é o principal centro de controle do cérebro, o hipotálamo. Essa área controla o sono, a função hormonal, a sudorese e a pressão arterial. “Além disso, a energia inadequada resulta em músculos bloqueados na posição encurtada (músculos são como uma mola, requerem mais energia para relaxar do que para contrair). Isso resulta em dor crônica, cuja consequência é a amplificação do sinal de dor no cérebro (chamado de“sensibilização central”)”, exemplifica o médico.

Essa crise de energia pode ser causada por — literalmente — dezenas de tensões.“Existem vários gatilhos. Tem pessoas que começam com dores localizadas, outros começam a sentir a dor de uma vez, no corpo todo. Alguns casos são desencadeados após um trauma físico, como um acidente ou uma cirurgia, ou mesmo um trauma psicológico que gerou grande tensão”, explica o reumatologista Eduardo Paiva. Os gatilhos podem ser infecções, deficiências hormonais (por exemplo, a causada por hipotireoidismo), distúrbios do sono (apneia, por exemplo, ou síndrome das pernas inquietas), deficiências nutricionais, relacionamentos estressantes, lesões e até a gravidez. Ou seja, assim como existem inúmeras maneiras de fundir um disjuntor na própria casa, há inúmeras maneiras de fazê-lo em seu corpo também.

Mulheres sofrem mais
Dados do estudo da Associação Internacional para o Estudo da Dor apontam que 4% da população mundial sofre de fibromialgia. Desses, pelo menos 80% são do sexo feminino. “Isso é comum para muitas doenças autoimunes e outras doenças que afetam a função imunológica, como a artrite reumatoide e o lúpus. A disfunção imune é uma parte importante da fibromialgia”, resume o médico Jacob Teitelbaum. Segundo a fisiatra Ana Paola, integrante da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor, a predominância se dá entre mulheres brancas, na faixa etária de 35 a 54 anos. “Vale ressaltar que também pode existir um componente genético para a fibromialgia. Familiares de fibromiálgicos têm oito vezes mais chances de desenvolver a síndrome”, ressalta Ana Paola.

A administradora Branca Neves, 48 anos, se encaixa no padrão da doença. Em 2005, começou a sentir fortes dores no joelho. Por recomendação do ortopedista, começou a fazer sessões de fisioterapia. Mas as dores começaram a se espalhar por sua coluna. “Passei um ano indo para a emergência de hospitais, com dores nas pernas e na coluna. Não conseguia compreender a razão de me acometer de tantas dores generalizadas, idas ao ortopedista, neurologista e outros ‘istas’ da vida. Tomava medicamentos fortes, que melhoravam as dores, mas que deixavam minha mente absolutamente confusa e sem condições de desempenhar atividades de raciocínio no trabalho ou mesmo de dirigir”, conta. Aos poucos, Branca começou a se isolar dos amigos, familiares e, quando não estava no trabalho, estava deitada em sua cama.

“Doía todo o corpo. Enxaquecas, insônia, formigamentos nas extremidades, depressão, ganho de peso. Parecia um zumbi. Não conseguia nem fazer as atividades de casa. Estender uma roupa, ou mesmo cozinhar”, testemunha. Numa dessas crises, o ortopedista fez o teste dos 18 pontos, e a encaminhou ao reumatologista, com o pré-diagnóstico de fibromialgia. Na mesma semana, Branca foi a uma palestra sobre fibromialgia que aconteceria em Brasília. Foi a partir dos relatos que ouviu na palestra que repensou a importância de dividir os problemas com seus amigos e familiares — até então, nem mesmo a filha sabia ao certo o que estava acontecendo. “Não tinha coragem de falar para a minha família. Eu era uma ‘fortaleza’ e essa doença não tem evidências visíveis. Ficar reclamando sem causa aparente era complicado.” Após a confissão, a vida de Branca ficou mais leve. Teve total apoio da filha e começou uma série de tratamentos alternativos. “Há um ano não sofro fortes crise, apesar da dor estar sempre presente. Aprendi a conviver com ela.”

Nem sexo, nem idade
A publicitária Daniela Lambach não faz parte da maioria fibromiálgica que teve o problema com mais de 35 anos. O diagnóstico que confirmou a doença se deu quando tinha apenas 19 anos, após um “episódio muito forte de estresse”.Tão desafiador quanto a própria doença, era mediar a dor com a energia da juventude. “Sinceramente, é muito chato ser tão jovem e viver assim. Não posso ficar sem a medicação e sem os exercícios físicos. Sem contar que as pessoas que não conhecem a fibromialgia sempre te chamam de fresca. O lado positivo é que como preciso fazer exercícios físicos no mínimo três vezes por semana. Para aliviar os sintomas, mantenho sempre o corpo malhado.” Brincadeiras à parte, quando entra em crise, as dores chegam em um nível quase insuportável. “Quando ela aparece entro em desespero e choro. É muito intensa. É como se alguém estivesse brincando de atravessar agulhas pelo meu corpo, e isso não é exagero”, confidencia.

Tal qual Daniela, Thiago Prado, de 24 anos, também representa outra minoria da doença: o sexo masculino. Desde criança reclamava de dores no corpo. Aos 14 anos, a família dele procurou ajuda médica, mas recebeu o diagnóstico de febre reumática. “Eu sentia muitas dores nas juntas, dor nos músculos, desânimo e dificuldade de concentração no colégio. Aos 21 anos, após uma crise muito forte, passei por uma bateria de exames e fui ao reumatologista, que diagnosticou fibromialgia”, relata. A adaptação ao tratamento medicamentoso não foi positiva, e Thiago vivia melhor sem o remédio — aprendeu a conviver com a dor. “Durante a maior crise, foi quando eu mais amadureci. A doença não só te faz sofrer, mas também te faz enxergar o mundo de uma outra forma. Eu acabo vivendo como duas pessoas, o que tem e o que não tem fibromialgia. O estado emocional da pessoa conta muito”, revela.

Caminho alternativo


Cari, 50 anos, recorreu a magnetoterapia e a um colchão especial: melhora de 80% nas dores

Foi após a cesariana realizada no nascimento do segundo filho, que a bancária Carin Röpke, 50 anos, percebeu que algo muito ruim ocorria em seu corpo e, consequentemente, com sua mente. Sua rotina de trabalho era das mais puxadas. Chegava a ficar até 12 horas resolvendo problemas no banco. Quando voltou da licença maternidade ao trabalho, começou a sentir pequenas fisgadas dolorosas nas bochechas. Em alguns dias, a dor passou a ser extremamente forte, e já tensionava todo o seu rosto. “Toda hora eu ia para os ambulatórios, tomar injeção contra a dor, porque nenhum analgésico funcionava. Era muito sofrimento. Meu corpo todo doía muito e eu não tinha força nem para pentear meu cabelo. Ainda mais terrível era saber que todos achavam que eu fazia encenações para chamar atenção”, lembra.

Carin fez baterias de exames, e nada era diagnosticado. Depois de um ano tratando as dores com antiinflamatórios e relaxantes musculares, seu médico disse que talvez ela fosse vítima de uma doença nova, chamada fibromialgia. “Me mandaram para a homeopatia, para a medicina ortomolecular, e mesmo que as dores melhorassem um pouco, eu ainda sofria muito. Não dormia nada bem. Era um martírio. Lembro de um dos momentos mais difíceis, quando minha filha pequenininha veio me abraçar forte e a minha vontade, em vez de curtir aquele momento, era de chorar de dor”, relata.

A vida de Carin começou a melhorar depois que, por indicação de um amigo, começou a fazer magnetoterapia, com o uso de um colchão especial. “O colchão têm pequenos ímãs e infravermelhos longos. Eles têm ação anti-inflamatória reconhecida pela OMS (e também pela Food and Drug Administration) e aquela foi a primeira vez que eu dormi a noite inteira, depois de muito tempo”, conta. Segundo a bancária, a magnetoterapia unida a um colchão mais rígido, que alinhou sua coluna, melhorou a oxigenação do cérebro e as dores melhoraram em quase 80%. “Me senti melhor, comecei a hidroterapia e a fisioterapia e raramente tenho crises”, comemora. Hoje, Carin ganha a vida revendendo os tais colchões e outros artigos para fibromiálgicos e pacientes de dor crônica. “Quero ajudá-los assim como fui ajudada.”

Sem cura, mas com controle
Confira alguns tratamentos que ajudam a atenuar a dor

Mesmo sendo uma doença sem perspectiva de cura absoluta, é possível que o fibromiálgico melhore sua qualidade de vida após o diagnóstico. Os tratamentos que atenuam a dor são muitos e os resultados variam conforme a adaptação do paciente. Muitos relatam uma considerável melhora do quadro de dor após sessões de acupuntura, homeopatia, terapia cognitiva comportamental e exercícios físicos regulares.
O próprio médico Jacob Teitelbaum conta sua experiência. “Descobri minha fibromialgia em 1975, o que me forçou a abandonar a escola médica por um ano e me deixou à deriva por boa parte desse tempo. Mas eu me recuperei e desde então tenho tratado de milhares de pacientes que recuperaram suas vidas.” Jacob acredita que é preciso aprofundar as pesquisas para que se encontre uma cura. Nesse meio tempo, o ideal é que a pessoa teste diferentes tratamentos. Baseado em sua própria experiência, Jacob desenvolveu um programa na internet, também disponível para smartphones, que funciona como um“médico informatizado” (e patenteado), que pode analisar os sintomas do paciente e exames de sangue para determinar o que está causando sua fibromialgia, analisando o protocolo adequado de tratamento ao seu caso. O chamado Programa de Análise de Sintomas está disponível gratuitamente no web site www.endfatigue.com


Minha vida com fibromialgiaVeja o depoimento de pessoas que sofrem com a doença


Publicação: 27/05/2011 17:19 Atualização: 28/05/2011 14:56

Thiago Prado, 24 anos, empresário
"Desde a infância ja tinha vestigios da fibro, porém só aos 14, com a consulta ao otorrino, ele me diagnosticou com febre reumática e passei a tratar assim. Eu sentia muitas dores nas juntas, nos músculos, desânimo e dificuldade de concentração no colégio. Aos 21 anos, após uma crise muito forte, passei por uma bateria de exames e fui ao reumatologista, que diagnosticou a fibromialgia. O medicamento indicado foi dificil de introduzir, já que a tolerância ao remédio é pouca. Tive reações como taquicardia e sonolência durante o dia. Então, teoricamente, vivia melhor sem o remédio, no que se refere ao meu estado de alerta, porém, com o passar do tempo, a situação foi se agravando. Nada mudou radicalmente porque eu sempre convivi com ela, entretanto depois de uma crise forte houve uma piora. Eu acabei vivendo como duas pessoas, a que tem e a que não tem fibromialgia. A doença de uma certa forma tentava me impedir de fazer e eu me sentia melhor quando conseguia superar. No modo geral, é como superar em dobro ou em triplo; o estado emocional da pessoa conta muito. A dificuldade é a introducao do remédio no dia a dia: o medicamento tem que ser tomado na hora certa e não pode beber. Na hora da academia, tem-se sempre que fazer os exercicios de forma certa e com uma boa orientação para evitar lesionar músculos, já que é mais facil de ocorrer. Durante a maior crise, foi quando eu mais amadureci. A doença não só te faz sofrer, mas também te faz enxergar o mundo de uma outra forma. Como Nelson Mandela falou "eu sou o mestre do meu destino e o capitão da minha alma". A acupuntura surtiu efeito em relação à dor, e o psicólogo ajudou a aliviar a carga emocional."

Branca Neves
"Sempre tive muita disposição e saúde, porém, em 2005, comecei a sentir dores nos joelhos, impedindo que continuasse minhas caminhas, fazendo-me buscar um ortopedista, que, no primeiro momento, me encaminhou para a fisioterapia. Passei um ano tendo que me socorrer em emergências de hospitais por crises de dores, ora na coluna, ora nas pernas, nas costas. Não tinha o diagnóstico de fibromialgia, não conseguia compreender a razão de me acometer de tantas dores generalizadas, idas a ortopedistas, neurologista, e outros “istas”da vida. Tomava medicamentos fortes, que melhoravam as dores do corpo em 30 minutos, mas que deixavam minha mente absolutamente confusa e sem condições de desempenhar atividades de raciocínio no trabalho e também dirigir... e eu tendo que cuidar de uma filha adolescente. Paulatinamente, comecei a isolar-me. Não ligava para os amigos, familiares... Tentava manter minha rotina do trabalho impecável, porém quando chegava no aspecto pessoal, tornou-se comum ficar de cama nos fins de semana. Era ter uma baita festa pra ir e eu tinha crises horrorosas, que me impediam de sair. Inúmeras foram as vezes em que já pronta pra sair - mesmo com fortes dores me forçava a atender aos convites dos amigos– caía na real de que não tinha a menor condição nem de dirigir. Minha filha ficava superpreocupada e, muitas vezes, teve que ir aos compromissos, nos representando. Os amigos não aceitavam muito o fato de eu não comparecer aos eventos: pareciam desculpas esfarrapadas. As dores eram por todo o corpo... enxaquecas, insônia, formigamentos nas extremidades do corpo, sentia depressão, subi de peso, parecia um zumbi, olheiras a olhos vistos, ficava ligada na tomada. Era muito difícil ter sua mente a mil por hora e estar em cima de uma cama, impedida de sequer levantar-me sem sacrifícios. Numa dessas crises, o ortopedista disse que não podia afirmar, mas os sintomas eram de fibromialgia. Fez o teste dos 18 pontos e me encaminhou para um reumatologia. Na consulta com o reumatologista, foi confirmado o diagnóstico. Esse foi um dos piores momentos, saí do consultório, além das dores do corpo, com uma sensação de estar me perdendo. O médico recomendou acompanhamento psicológico, adequação dos exercícios físicos e, claro, remédios fortíssimos – anti-inflamatórios e analgésicos para combater aquele momento de crise. Se as coincidências existem, dias depois, lendo a oferta de cursos/palestras no Correio Braziliense, vi uma chamada para uma palestra sobre fibromialgia no Instituto Agilitá de Psicologia no Sudoeste. Felizmente, compareci à palestra, que mudou a minha vida, pois vinha num processo de 'ostracismo' - fechada dentro da minha própria concha, distante dos amigos, não conseguia desempenhar minhas atividades dentro da minha casa. Não conseguia estender roupas como antes, não conseguia cozinhar, um dos grandes prazeres que me acompanhou a vida inteira, sequer dava conta de levantar-me da cama sem grande sacrifício e ainda contava com ajuda de antidepressivo, que na verdade me deixava mais pra baixo. Naquela palestra, a psicóloga colocou o quanto era importante falarmos para as pessoas que amávamos, especialmente para as pessoas que dividiam o mesmo teto conosco, que dependiam da gente, o quanto essa doença nos limitava os movimentos; que precisávamos de ajuda; e a mensagem mais importante da noite: apesar da doença, continuávamos INTEIROS, portanto tínhamos que perceber nossas limitações e buscar continuar nossa vida com qualidade e alegria. Na palestra, comentou-se que pessoas 'perfeccionistas' se enquadravam na estatística dessa doença. Me inclui. Era muito, mas muito exigente comigo mesma, rígida no cumprimento de horários, de compromissos. Na cobrança de atitudes nos relacionamentos com familiares, amigos e companheiro. Nos eventos que promovia, no cumprimento das obrigações do trabalho, na educação da minha filha. Na busca de ter razão na minha rotina... Um ano após o diagnóstico, ainda não tinha tido a coragem de falar pra minha família... eu era uma“fortaleza” e aparentemente essa doença não tem evidências. Como medir?! Ficar reclamando de dor sem causa aparente era complicado. No dia seguinte à palestra, sentei-me com minha filha e relatei o que me acontecia, recebendo todo carinho e compreensão até os dias de hoje, quando estou mais cansada, sem disposição para os programas. Tive que reaprender atividades e atitudes. Aprender a ser menos exigente com os serviços e favores prestados, uma vez que já não tinha mais condições físicas para executá-las. Nunca consegui frequentar um consultório de psicologia, conforme recomendado, cada um com suas limitações, me penitencio por isso. Busquei alternativas: frequentei aulas de deep water, massagem, florais de Bach, acumpuntura quando o 'bicho pegou'. Frequento há três anos aulas de condicionamento postural, duas vezes na semana, que combina movimentos de pilates com Tai-Chi. Frequento há um ano, semanalmente, ginástica holística, que trabalhada o aspecto terapêutico e preventivo. Procuro ter uma alimentação saudável, cuidando do peso, sou mais cuidadosa com meus pensamentos, com minha mente. A cada despertar agradeço a Deus e escolho ter mais dia feliz e abençoado! Há um ano não sofro fortes crises. Apesar da dor estar sempre presente, aprendi a conviver com ela. Quando percebo a dor querendo sobrepor a harmonia do meu corpo e da minha mente, faço os exercícios da ginástica holística, deixo algumas atividades de lado, procuro relaxar e, quando necessário, recorro à medicação - coisa rara atualmente."

Analice Amarrilho, 37 anos
Eu desde criança sinto dores. Hoje, tenho 37 anos, mas lembro de ter fortes dores nas pernas quando criança e os médicos falarem que era dor de crescimento. Alguns médicos afirmam que a fibro desencadeia após um grande trauma e, aos 17 anos, perdi meu pai de câncer. Meses depois, as dores se intensificaram, mas sempre tratando como enxaqueca. Em 1991, nem se ouvia falar de fibromialgia, tudo era ou depressão ou frescura. Em 2000, mudei de estado e acho que o estresse da mudança, cidade nova, tudo novo, longe da família, fez as dores aumentarem assustadoramente. Em 2001, em Belém (PA), tive o diagnóstico de fibromialgia. Comecei a tomar o remédio da 'época', que era a amitripitilina, um antidepressivo que engorda e não ajuda muito. Como afetou: continuei sentindo dores e sempre trabalhando, lutando para as dores não mudarem minha rotina,mas tinha dias que tinha que tomar muitos analgésicos. Nesses dias, chegava em casa muito cansada, com a tal da fadiga crônica. Consegui trabalhar até 2007, quando nos mudamos novamente, para o interior do Pará, e lá juntou tudo: dor, cidade pequena, dificuldade de emprego que pagasse bem. Fui ficando em casa, e as dores foram piorando, a ponto de ter que tomar mais e mais remédios. Mesmo não trabalhando, conseguia manter minha rotina. Para quem não sente dores, empurrar um carrinho de supermercado é fácil, mas para nós, é um tormento. Chegava em casa sempre com dor, cansada, e tentava não demonstrar. A dor anda pelo corpo, é algo que só quem tem entende, pois de repente ela começa, e já fica forte. 'Tenho sorte' de sentir mais dor somente do lado direito do meu corpo, mas, mesmo assim, tem dias que me debilita, a ponto de ter que tomar analgésico e deitar. Sinto dores diariamente e, às vezes, o dia todo. O ápice da dor é quando vou dormir, as dores correm pelo corpo todo, é algo assustador, converso com Deus e digo que não entendo como um ser humano pode aguentar tanta dor. Oro, choro e durmo, depois, de tomar os meus 'n' remédios receitados por reumato, ortopedista, gastro e psiquiatra. Os momentos mais difíceis, de superação, foram as três cirurgias que fiz (que não tinham relação com a fibro). Para nós, qualquer pós-operatório é muito mais difícil, e venci as três cirurgias. Mas o meu momento de superação mesmo foi a minha cirurgia do ombro, que fiz em setembro de 2010. Durou 5 horas, fiquei de tipoia 32 dias, até hoje ainda faço fisioterapia, sinto dores e tenho os movimentos limitados. Foram dias difíceis. E 70 dias depois estava de mudança novamente, bagagens, dores, dois gatos e a família esperando a Analice, que saiu em 2000 saudável. Me assustava um pouco, pois a Analice de hoje sente dores. Brinco que a bateria acaba e tenho que deitar. Às vezes, a dor chega do nada e tenho que tomar analgésico controlado, e isso assusta as pessoas. Acho que por ela fazer parte do meu dia a dia, procuro fazer todas as minhas atividades 'no meu ritmo', descansando quando a fadiga chega. Tem dia que faço as atividades da casa, faço compras, mas daí, no outro dia, estou um bagaço. Meu antigo e minha atual reumatologista dizem a mesma coisa: na escala de dor, de 1 a 10, sou quase 11, sou sensível ao mais simples toque, tem dias que mal consigo passar o sabonete no corpo, pentear o cabelo. Isso, para quem não tem fibro, é algo inimaginável. A comunidade do Orkut 'Amigos de fibra' foi e é uma grande alegria em minha vida. Eu e a Dra. Érika Maciel, dermatologista que também tem fibro, estudávamos sobre as causas e sintomas da fibromialgia quando descobrimos alguns suplementos alimentares que ajudam na adiga no sono, melhorando nossa qualidade de vida. Depois de um tempo, decidimos deixar a comunidade somente com membros femininas e fechá-la (conteúdo restrito somente aos membros), pois lá desabafamos, choramos, pedimos orações, contamos nosso dia a dia, conhecemos amigas com diagnóstico recente. Elas chegam assustadas e logo já acolhemos e acalmamos, dizendo que essa síndrome, apesar de ser assustadora, não mata, não aleja, apenas sentimos dores. Ensinamos que podemos ter uma vida dentro dos nossos limites e eu digo que vivemos em doses homeopáticas, um dia por vez. Se hoje a dor está fraca, amém, vamos sair, bater perna; se está mais forte, ficamos quietinhas em casa. Em 2008, nos reunimos em Minas Gerais para o 1º orkontro das amigas de fibra. Foram oito dias mágicos. Amigas que só conhecíamos pela telinha, mas que, em questão de um minuto juntas, era como se fôssemos amigas a vida toda. Sentíamos dores, mas estávamos felizes, e isso fez a diferença. Anualmente (desde 2005), fazemos amigo oculto virtual de Natal, isso nos anima muito. Parecemos crianças esperando os presentes das amigas de fibra dos quatro cantos do Brasil."

Leah Tyler, 28 anos

"Meu nome é Leah Tyler. Moro nos Estados Unidos e sou paciente de fibromialgia e de síndrome de fadiga crônica. Eu adoeci em 2005, com 28 anos, após sofrer um problema de pâncreas. Demorou um ano para obter um diagnóstico, e eu conheci muitos médicos que se recusaram a acreditar que eu estava sofrendo de alguma coisa mais grave do que a depressão. Foi frustrante e devastador. Após o início dos meus sintomas, desci do meu cargo executivo para gerente assistente. Eu tive um colapso emocional completo no final de 2006 e passei sete meses mal. Durante esse tempo, procurei uma forma de ficar melhor, de conseguir minha vida de volta. Viajei para fora do estado, para uma clínica especializada, que usa uma combinação da medicina moderna e remédios holísticos. Tive várias infecções subjacentes e os medicamentos que tomei para tratá-las me colocaram de volta no hospital, com um outro ataque pâncreas! Mas, eventualmente, a síndrome da fadiga crônica, que estava enraizada em um intenso ataque viral no meu sistema nervoso central, recuou. Eu ainda estava com dor, e, então, veio o diagnostico de fibromialgia. A qualidade de vida lentamente voltou e hoje eu sou capaz de gerir a minha saúde com muito cuidado e atenção. Sao 'cinco pontos da estrela da Saúde': qualidade do sono, exercício moderado, alimentação saudável, estresse e hormônios minimizados. Eu blogo sobre minhas lutas e triunfos (www.chroniclesoffibro.blogspot.com) e comecei uma campanha de conscientização para incentivar o paciente com fibromialgia a assumir o controle da sua saúde e recuperar a qualidade de vida, enquanto avança a consciência da nossa doença (www.fibromyalgiacrusade.com)."

Joomla Templates and Joomla Extensions by JoomlaVision.Com








Nessse post, vou falar dos novos medicamentos que estão sendo usados no tratamento da Fibromialgia.São: o Cimblata (Duloxetina)e o Lyrica(Pregabalina).

Eu ,particularmente, naõ me adaptei ao Cimbalta.Ele me deixou extremamente agitada e as dores almentaram concideravelmente.Então, tive de voltar `a Sertralina, que estava tomando antes. Para mim, foi melhor.

Mas sabemos que cada organismo responde de maneiras diferentes às mesmas mdicações. Entaõ, fiz esse post, para informar um pouquinho sobre estes medicamentos, que podem ser a esperança de muitas pessoas que ainda naõ encontraram o tratamento ideal. A ùnica questão é o alto custo dessas medicações! Apesar do laboratório( ter um programa de descontos, (para o Cimbalta é o "Mais Pfizer" ) para quem se cadastrar no site ou ligar no número 0800 126644, ainda assim o valor é bem "salgado"! Mas há investimento melhor empregado do que em nosso próprio bem-estar? Ficar sem dores, para mim, naõ há preço que pague!

Bjus

Parte superior do formulário

Pregabalina (Lyrica) para o tratamento da fibromialgia

Pregabalina é uma nova medicação que vem sendo estudada para o tratamento da fibromialgia. No Brasil será comercializada com o nome de Lyrica.

Em breve o Dr Mario Peres postará artigo comentando a meta-análise dos estudos de gabapentina (Neurontin) e pregabalina (Lyrica) em fibromialgia, este artigo será publicado na próxima edição do Current Pain and Headache Reports, revista científica da qual Dr Mario Peres é editor da seção de fibromialgia.

Para saber mais, clique nos links: enxaqueca e fibromialgia, dor de cabeça.

Para saber mais sobre Fibromialgia, acesse a página FIBROMIALGIA

Pregabalin (Lyrica is a new medication that has been studied for treatment of fibromyalgia. Soon Dr Mario Peres will post an article commenting on the meta-analysis of studies of gabapentin (Neurontin) and pregabalin (Lyric) in fibromyalgia, this article will be published in next issue of Current Pain and Headache Reports, scientific journal of which is Dr Mario Peres editor of the section of fibromyalgia.

Pregabalina es un nuevo medicamento que ha sido estudiado para el tratamiento de la fibromialgia. Dr. Mario Peres comenta sobre el meta-análisis de estudios de la gabapentina (Neurontin) y pregabalina (Letra), en la fibromialgia, este artículo se publicará en próximo número de la revistas científicas Current Pain and Headache Reports de la cual es el Dr. Mario Peres editor de la sección de fibromialgia

Pregabalina (Lyrica) è un nuovo farmaco che è stato studiato per il trattamento della fibromialgia . Presto il dottor Mario Peres postare articoli commentando la meta-analisi di studi di Gabapentin (Neurontin) e pregabalin (Lyrica) nella fibromialgia, questo articolo sarà pubblicato nel prossimo numero di Current Pain and Headache Reports, rivista scientifica di cui è il dottor Mario Peres editor della sezione della fibromialgia



Fonte:http://cefaleias.com.br/tratamentos/pregabalina-lyrica-tratamento-fibromialgia

Parte inferior do formulário

Aqui está o link para ver a bula da Pregabalina:


Novos Tratamentos para Fibromialgia

FDA aprova novos medicamentos para o tratamento de Fibromialgia

Mais de 8 milhões de brasileiros serão beneficiados

O FDA, órgão americano responsável pela liberação e controle de medicamentos, aprovou a Pregabalina (age diminuindo os impulsos dos neurônios que desencadeiam a dor) e a Duloxetina(anti-depressivo que aumenta os níveis de serotonina e noradrenalina) para o tratamento da Fibromialgia.

Esse avanço da medicina visa melhorar a qualidade de vida desses pacientes. “Normalmente, as pessoas se consultam com um reumatologista quando já peregrinaram por diversos médicos, tomaram inúmeros medicamentos, estão desacreditadas pela família porque, mesmo com toda essa busca pela cura, as dores não diminuem. Isso afeta a auto-estima e o paciente passa a se questionar, achando que está louca. Consultas rápidas baseada em laudos de exames provavelmente erram o diagnóstico”, afirma Dra. Evelin Goldenberg.

A Fibromialgia é a principal síndrome dolorosa crônica, que causa dor no corpo todo em um período, mínimo, de três meses. A dor pode ter início em uma região, particularmente nos ombros e no pescoço, e se tornar generalizada depois de um tempo.

Outras queixas como fadiga inexplicável, dor de cabeça, tonturas, falta de memória e concentração, irritabilidade, sensação de formigamento em braços e pernas, depressão, sensação que não descansou a noite também podem aparecer.

Seus principais fatores desencadeantes são as mudanças climáticas particularmente o frio e a umidade e, até mesmo um acidente automobilístico. Entretanto o estresse emocional é um dos principais desencadeantes, tanto problemas passados ou atuais.

Uma vez que o diagnóstico é exclusivamente clínico, ou seja, não há nenhum exame radiológico ou laboratorial, a maioria dos pacientes peregrinam por múltiplos médicos, fazem vários exames e passam a acreditar que sofrem de algo raro ou muito grave. Outros relatam que, muitas vezes, são vistos como exagerados, desacreditados por familiares, amigos e colegas de trabalho, interferindo diretamente na qualidade de vida.

Para diagnosticar a fibromialgia, a pessoa deve ser submetida a um exame clínico detalhado, que inclui inventário físico, psicológico e social, desde a infância. Por isso, a consulta baseada apenas em laudos de exames não é suficiente, pois a relação médico-paciente é fundamental para o diagnóstico e o tratamento correto. “É imprescindível uma longa conversa com o paciente para o diagnóstico. Não existe um exame específico que revele o problema”, explica a médica. “Porém, quanto mais cedo o problema for detectado, maiores as chances de recuperação, e do paciente voltar a se sentir bem e conseguir retomar sua rotina”, alerta Dra Evelin.

O tratamento se divide em medicamentoso e não medicamentoso. No tratamento não medicamentoso podem ser feitos exercícios físicos monitorados, pilates, RPG, rolfing, acupuntura, entre outros, sempre sob supervisão médica, para não haver riscos de piorar a dor.

O livro:

“O Coração Sente, O Corpo Dói” – Como reconhecer e tratar a Fibromialgia.

Autora: Dra.Evelin Goldenberg, Editora Atheneu.

A obra é baseada em estudos da reumatologista e acompanhamento de portadores da doença, que atinge entre 3,5 e 8,9 milhões de brasileiros. De difícil diagnóstico, a síndrome é caracterizada pela amplificação da dor em diversas partes do corpo, fadiga inexplicável, irritabilidade, sensação de formigamento em braços e pernas, depressão, entre outros

sintomas. O livro conta com a apresentação da atriz Eva Todor e traz histórias reais de pacientes que aprenderam a conviver com a doença. “O livro esclarece de uma maneira simples e objetiva o que é a fibromialgia, como ela atinge de forma direta ou não milhões de pessoas”, afirma Dra. Evelin Goldenberg
Indico este livro á todas as pessoas que desejam conhecer um pouco mais sobre esse universo, ainda pouco desbravado, da Fibromialgia. È um livro que exclarece pontos importantes a respeito da doença, e também nos conforta. Pois os depoimentos de pacientes, fazem-nos perceber que naõ estamos




Cymbalta: a esperança dos doentes com fibromialgia

 
Cymbalta (duloxetine HCl) é o novo medicamento aprovado pela autoridade norte america dos medicamentos (FDA), que demonstrou possuir um efeito analgésico, reduzindo a dor e melhorando a funcionalidade das pessoas com fibromialgia.


A fibromialgia, é uma desordem caracterizada por dor crônica generalizada, mas alguns pacientes podem ter sintomas adicionais. Ainda não há cura para a fibromialgia, mas alguns médicos aconselham para o tratamento mudanças no estilo de vida, educação medicamentosa.


Cymbalta é o primeiro medicamento que aumenta a atividade de duas substâncias naturalmente presentes no corpo humano, a serotonina-norepinefrina, promovendo um efeito eficiente na redução da dor em pacientes com fibromialgia.


Este é um medicamento indicado para o tratamento de depressão major e transtorno de ansiedade generalizada, e para gerir a dor neuropática periférica diabética e fibromialgia.


Os cientistas acreditam que embora a causa da fibromialgia seja desconhecida, exista uma combinação entre a genética o estresse promovendo um aumento da sensibilidade a dor.






Fibromialgia e Disfunção Eréctil


O que é a disfunção eréctil?

A disfunção erétil é um distúrbio complexo que pode afetar homens de qualquer idade. É a condição que impede os homens de alcançar ou manter uma ereção. O termo inclui também outras condições que inibem seriamente o desempenho sexual ou tornar o paciente incapaz de participar de relação sexual. Na maioria dos casos, ele é, na verdade, indicativo de alguma doença subjacente que pode ser tratada com bastante facilidade. Muitas vezes, tudo que é requerido para corrigir esta desordem é uma redução geral de stress ou uma mudança no estilo de vida. No entanto, com o estigma ea vergonha associado com a condição, muitos homens relutam em procurar o diagnóstico preciso e tratamento. Isto pode revelar-se extremamente perigoso, ou mesmo fatais, dependendo da natureza da doença primária da disfunção eréctil, que é apenas um sintoma.

Causas da disfunção erétil

Em um nível superior, as causas da disfunção erétil pode ser física ou psicológica.Fisicamente, uma variedade de condições, tais como a hipertensão, problemas do coração e diabetes têm sido conhecidos por causar a impotência. Problemas emocionais, como estresse mental ou uma falta geral de confiança sexual também são igualmente propensos a causar o mesmo efeito. Um culpado tão comum de disfunção erétil é a fibromialgia.

O que é fibromialgia?

Fibromialgia, anteriormente conhecido como Fibrositis é uma condição crônica que causa dor, sensibilidade e rigidez dos músculos, articulações e tendões. A condição é também caracterizada por o sono, fadiga agitado, a depressão, a ansiedade e a função intestinal irregular. A dor provocada pela fibromialgia não é acompanhada por inflamação dos tecidos (que é a causa mais comum de dor na maioria das doenças).Consequentemente, apesar da dor aguda, o paciente não desenvolve qualquer tipo de danos corporais ou deformidade. Fibromialgia também não danifica órgãos internos do corpo. A este respeito, a fibromialgia difere de muitas outras doenças reumáticas, como a artrite ou lúpus sistémico.

Causas da fibromialgia

Embora a fibromialgia está se tornando cada vez mais comuns, suas causas são ainda desconhecidas. Os pacientes que sofrem de dor experiência condição em resposta a estímulos que normalmente não ser percebidos como dolorosos. Dados recentes apontam para níveis elevados de substância P, um sinal químico nervo como uma possível causa da fibromialgia. Redução dos níveis de serotonina do cérebro dos nervos também foram mencionadas em conexão com as causas da fibromialgia. A análise detalhada da dor em pacientes com fibromialgia revelou a sensibilidade super do sistema nervoso central dos pacientes. Isso, juntamente com uma perturbação da percepção da dor difusa também poderia ser uma causa da fibromialgia.

Fibromialgia e Disfunção Eréctil

Nos últimos tempos, como o entendimento sobre a fibromialgia tem aumentado, uma correlação definitiva entre fibromialgia e disfunção erétil tem sido documentada. Também deve ser salientado que o número de casos notificados de fibromialgia e problemas de ereção associados tem vindo a aumentar.

A fibromialgia pode ser direta, bem como uma causa, indiretos desse distúrbio. A dor causada pela fibromialgia, particularmente no testículo e pênis área, é a causa mais directa e imediata de Disfunção Eréctil. Muitos sofrem de fibromialgia (masculino e feminino) também relatam redução impulso sexual. Isto leva a ansiedade de desempenho, em última análise, a depressão e impotência nos pacientes do sexo masculino.Cansaço físico e mental excessivo causado pela privação do sono e dores musculares e articulares também são instrumentos para reduzir a libido e tornar o paciente incapaz de realizar o ato sexual.

Em casos gerais de disfunção erétil, um tratamento eficaz é o exercício físico. No entanto, a dor associada a fibromialgia faz exercício extenuante extremamente difícil. Como resultado, a falta de manutenção de uma erecção e da probabilidade da ocorrência do mesmo estão aumentadas em doentes de fibromialgia. Disfunção eréctil pode ser diretamente combatida com uma variedade de drogas que estão disponíveis na prescrição. Em alguns casos em que as causas da impotência são principalmente emocional, a psicoterapia pode ser um tratamento muito eficaz, bem como técnicas de programação neurolinguística. E explorar as causas subjacentes, a triagem bioquímica abrangente, que tem uma base em influências nutricionais e ambientais.

Fonte:http://jovenspfibromialgiapt.blogspot.com.br
 
 

 Endometriose, O que é?
Este post é especial para aquelas gurias que sofrem de cólicas "inexplicaveis" e extremamente doloridas. Dessas a ponto de impedir as atividades normais e corriqueiras, sabe? Como por exemplo, o simples fato de caminhar, sair para trabalhar,ou para estudar, se alimentar, enfim. A dor é absurda!Tenho fibromialgia, como sabem, e considero a dor tão intensa quanto!
Fora das crises a dor se caracteriza por uma dor percistente emuitíssemo chata , e pode dar até náusea e muito desconforto na lombar (era o meu caso). O Problema é que essa dor lombar confunde muito, por ser difusa.Podendo ser confundida com várias outras doenças, como por exemplo Cálculo renal, infecção urinária, etc..Isso aconteceu comigo!È preciso prestar bastante atenção na evolução dela.

Para muitos médicos, a cólica mentrual pode ser considerada "normal" mas é preciso muito critério na hora da consulta, por que a maneira como você descreverá a dor para ele pode ser FUNDAMENTAL para o seu dignóstico, e isso , acreditem, pode mudara a sua vida! Portanto, gurias, explique DIREITINHO tudo o que sentem, ok?

Bom, essas são percepções pessoais que tive ao longo de 5 anos, tempo que demorei para ter o diagóstico correto. Ele venho quando abandonei minha ginecologista, que por sinal é espetacular no que faz:Partos. Mas naõ soube me ouvir direito, ela considerava sempre que eu estava "fazendo drama" a me queixar das cólicas e sempre dizia ser "normal", ou "genético" ter cóllicas daquele jeito . Mas naõ conhecia ninguém que ficava de cama por 3 ou 4 dias por estar com cólicas, isso foi me deixando cada vez mais inconformada!Ainda bem,porque foi essa minha incorformaçaõ e até indignação que me fez deixá-la e procurar uma clínica conceituada aqui em Brasília(Genesis), com médicos especializados naõ só em ENDOMETRIOSE além, é claro, em Reproduçaõ Humana. Acreditem, isso faz toda diferença, também.

Espero ter ajudado! Segue uma boa reportagem, que esclarece bem melhor do que eu a respeito do assunto.


e é endometriose?A endometriose é caracterizada pela presença do endométrio - tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga. Todos os meses, o endométrio fica mais espesso à espera de um bebê e quando a mulher não engravida, ele descama e desce a menstruação. Acontece que, em alguns casos, um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal.


De acordo com uma pesquisa comportamental realizada em junho pela Sociedade Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE), apoiada pela Bayer HealthCare Pharmaceuticals, com 5 mil mulheres acima de 18 anos de todo o país, 55% delas não sabem o que é a doença e 66% não conseguem identificar a que a patologia está associada.³


As causas da doença ainda não são conhecidas4, mas sabe-se que há um risco aumentado de desenvolver endometriose se a mãe ou irmã sofrem com a doença5,6.


É importante destacar que a doença acomete mulheres a partir da primeira menstruação e pode se estender até a última. Geralmente, o diagnóstico acontece quando a paciente tem em torno dos 30 anos. “Infelizmente, o diagnóstico não costuma ser tão rápido por falta de informação e acesso aos serviços de saúde, o que se torna um problema para as mulheres”, diz o Dr. Abrão.


A doença pode ser de grande impacto na vida social, profissional e pessoal da paciente e mulheres com endometriose muitas vezes experimentam uma maior incidência de depressão e estresse emocional devido à incerteza do diagnóstico, à imprevisibilidade dos sintomas e à dificuldade de viver uma vida normal.7



Reconhecendo os sintomas

Existe alívio para as mulheres brasileiras que convivem com a dor pélvica associada à endometriose. Sintomas como cólicas menstruais fortíssimas, relações sexuais dolorosas, dor para urinar ou evacuar e dor na parte inferior das costas ou do abdome prejudicam a saúde emocional e a qualidade de vida das pacientes de endometriose em vários aspectos. Mas a partir de agora, as mulheres poderão contar com um novo tratamento: Allurene®(comprimidos de 2 mg dienogeste), da Bayer HealthCare Pharmaceuticals, aprovado recentemente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e já disponível nas farmácias. Este é o primeiro tratamento de longo prazo ministrado por via oral com dose única diária e desenvolvido especificamente para aliviar a dor em mulheres com endometriose.


"Uma vez diagnosticadas, as pacientes com endometriose devem utilizar um tratamento para lidar com a dor causada pela doença", explica o Dr. Maurício Simões Abrão, professor associado do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e presidente da Sociedade Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE). Allurene® é uma opção importante para essas pacientes, pois os estudos clínicos demonstram que é capaz de aliviar a dor crônica causada pela endometriose, incluindo dor menstrual e dor durante a relação sexual. “Este é o primeiro tratamento inovador em mais de 20 anos para ajudar essas mulheres, o que é encorajador", complementa o especialista.


Estudos de mais de 15 meses de duração comprovaram que Allurene® é eficaz em proporcionar alívio da dor em mulheres com endometriose¹, pois contém um progestogenio (composto sintético com efeito similar ao da progesterona) chamado dienogeste, que suprime os efeitos do estradiol no tecido endometrial e efetivamente reduz a dor pélvica.²





Os sintomas da endometriose podem variar de acordo com cada pessoa; existem mulheres que sofrem dores incapacitantes e outras que não sentem nenhum tipo de desconforto. A doença acomete hoje cerca de seis milhões de brasileiras, sendo que até 50% delas podem ficar inférteis
8
.


Entre os sintomas mais comuns estão:

• Cólicas menstruais intensas e dor durante a menstruação
• Dor pré-menstrual
• Dor durante as relações sexuais
• Dor difusa ou crônica na região pélvica


Outros sintomas:

• Fadiga crônica e exaustão
• Sangramento menstrual intenso ou irregular
• Alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação
• Dificuldade para engravidar e infertilidade


O ginecologista Dr. Carlos Alberto Petta, professor do Departamento de Ginecologia da Unicamp, reforça que o diagnóstico é demorado. Na pesquisa realizada pela SBE, somente 33% das mulheres citaram infertilidade, cólica menstrual intensa e dor durante a relação sexual como os principais sintomas da endometriose.



Como diagnosticar e tratar a endometriose?


É importante que toda mulher tenha o hábito de ir ao ginecologista para acompanhamento de sua saúde. No caso da endometriose, ela mesma pode ajudar o médico ficando atenta aos sintomas. Como primeiro passo, há o exame ginecológico. Em seguida, o médico poderá requisitar os seguintes exames laboratoriais e de imagem: visualização das lesões por laparoscopia, ressonância pélvica ou ultrassonografia transvaginal e um exame de sangue chamado marcador tumoral CA-125, que se altera nos casos mais avançados da doença.


No momento, ainda não há cura para a doença e não existe atualmente uma única abordagem ideal para o tratamento da endometriose, portanto, o tratamento deve ser adaptado para cada paciente. A remoção cirúrgica das lesões de endometriose é uma opção. A outra é a medicação. Os medicamentos são prescritos para tratar os sintomas dolorosos da endometriose. O Allurene® é uma nova terapia oral desenvolvida e aprovada para o uso exclusivo de pacientes com endometriose, oferecendo um tratamento novo e sob medida. Conforme pesquisa comportamental da SBE, 88% das mulheres brasileiras desconhecem uma opção de tratamento para a doença.


"É muito comum que as mulheres vivam por vários anos com a dor da endometriose antes de receberem um diagnóstico oficial. Isso, muitas vezes, significa um atraso na gestão da doença, consequentemente, afetando de forma negativa a sua vida profissional, social e psicológica", comenta o Dr. Maurício Abrão. "É importante as mulheres conhecerem mais sobre os sintomas da endometriose, em vez de apenas ficar pensando que a dor pélvica é normal. Elas precisam saber que a dor da endometriose é real e pode ser tratada. Por isso, é importante que falem com seus médicos. A disponibilidade de um novo tratamento é uma boa notícia e um passo na direção certa", reforça o Dr. Abrão.


É de suma importância destacar que, quando não há um controle adequado da doença, esta pode evoluir e acarretar mais complicações ou até desencadear outras patologias, como o câncer. Sabe-se, porém, que o risco de a doença virar câncer é mínimo – varia de 0,5% a 1% do total.

Impacto da endometriose


A endometriose afeta mulheres durante os principais anos de suas vidas, no momento em que elas deveriam estar terminando seus estudos, iniciando ou mantendo suas carreiras, construindo relacionamentos e, talvez, começando a formar uma família.


De acordo com a ONU (Organizações das Nações Unidas), a endometriose afeta 176 milhões de mulheres no mundo todo. O Estudo Global de Saúde da Mulher (GSWH) reuniu 1.418 mulheres entre 18 e 45 anos, de 16 centros em 10 países (inclusive o Brasil) nos cinco continentes. Foram recrutadas apenas mulheres que tiveram sua endometriose detectada após a cirurgia de laparoscopia. Na pesquisa, foi detectado que mulheres com endometriose sofrem uma perda 38% maior da produtividade no trabalho do que aquelas sem endometriose - esta diferença foi explicada principalmente por uma maior gravidade dos sintomas de dor entre mulheres com endometriose. O lazer também sai prejudicado, assim como atividades do dia-a-dia como tarefas domésticas, prática de exercícios, estudos etc., que também ficam postas de lado.


De acordo com o Dr. Carlos Alberto Petta, as pacientes apresentam diminuição da qualidade de vida e redução de suas atividades, gerando problemas psicossociais, frustração e isolamento. Há também um impacto causado pelas perdas de horas de trabalho, absenteísmo etc.
Endometriose e infertilidade

A endometriose lidera as causas de infertilidade entre mulheres acima dos 25 anos, sendo possível que aproximadamente 30 a 40% das mulheres inférteis tenham algum grau de endometriose.
9 A doença pode causar o estreitamento das trompas, órgão que conduz o óvulo ao útero, além de poder se associar a alterações hormonais e imunológicas que dificultariam a gestação.

Endometriose parte II
Retirado na ìntegra de :http://drbrunoramalho.blogspot.com.br


A endometriose é doença que acomete até 10% das mulheres em idade reprodutiva, com focos mais comumente encontrados em ovários e órgãos da pelve. Não se sabe a causa exata para se desenvolver a endometriose, mas a teoria mais difundida é a do fluxo menstrual retrógrado (ao invés de se exteriorizar através da vagina, segue em direção contrária, através das trompas, para a cavidade abdominal), que, sozinha, não justifica a doença em todos os casos.
Os sintomas da endometriose variam de mulher para mulher; a dor associada à menstruação ocorre em mais de 80% dos casos. Em geral, o quadro começa ameno e tende a se intensificar na medida em que se passam os anos da vida reprodutiva, tornando-se cada vez mais freqüente, com episódios de dor fora do período menstrual e durante a relação sexual.
O tratamento da dor relacionada à endometriose pode ter bons resultados em opções cirúrgicas e medicamentosas. Formulações hormonais e/ou antiinflamatórios e analgésicos podem ser boas escolhas, principalmente quando associados à cirurgia laparoscópica conservadora. Importante nesses casos é a individualização do tratamento; o médico assistente é a pessoa indicada para tanto.
Infelizmente, a infertilidade é muito comum entre as portadoras da endometriose; estima-se que aproximadamente 60% das portadoras apresentem alguma dificuldade para engravidar e, como a dor não é um sintoma obrigatório, estima-se que metade das mulheres com dificuldade de engravidar venha a receber um dia o diagnóstico de endometriose.
O grande problema da infertilidade associada à endometriose está exatamente na falta de se ter estabelecido um único mecanismo de ação da doença sobre o processo reprodutivo. É provável que ela exerça influências negativas sobre a saúde dos óvulos e espermatozóides, fertilização, formação do embrião e sua implantação no útero.
O tratamento da infertilidade associada à endometriose, ao contrário do que se espera para a dor, ainda carece de respostas. Embora se possa esperar boa recuperação do potencial reprodutivo com tratamentos medicamentosos e/ou cirúrgicos, as técnicas de fertilização in vitro estarão indicadas para uma parcela considerável das portadoras da doença, principalmente nos graus mais avançados.

 

  Quem sofre de Endometriose, como eu sabe quantos transtornos essa doença pode causar. Mas graças ao avanço da Medicina já existem exames que facilitam o diagnóstico, que o quanto antes for descoberto melhor. Geralmente o exame é feito com um aparelho de ecografia normal, porém o médico tem de ser uma pessoa esecialisada nisso, ou seja treinada para encontrar focos de endométrio na sua barriga!
È preciso fazer um preparo antes, e o exame acaba sendo um pouco dolorido e demorado. Mas é fundamental fazê-lo para se certificar o diagnóstico clínico e proceder com o melhor tratamento. Um deles é a cirurgia com laparoscopia.Aquela em que o médico faz três ou quatr peuqenas incisões de 5 cm na barriga e faz uma "limpezinha" lá dentro. O problema é que se a sua endometriose for meio "teimosa" como a minha, ela pode voltar.
Mas isso naõ é o fim de nossas esperanças, naõ.Já existe uma droga nova no mercado que promete ser revolucionária no tratamento da endometriose. Chama-se Allurene, ela é uma maravilha( eu a uso há uns 8 meses)! Naõ dá nenhum efeito colateral. È Composta por dienogeste e naõ contém Progesterona portanto,gurias,atenção: Naõ funciona como contraceptivo,ok?
Segue aqui algumas reportagens que encontrei falando mais a respeito:

Doença, que é a principal causa de infertilidade no sexo feminino, afeta uma a cada dez mulheres em idade reprodutiva.


Brasileiras ganham primeiro tratamento específico para endometriose


A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a venda no país do primeiro remédio específico para tratar a dor da endometriose, doença que afeta o endométrio (membrana interna do útero) e atinge 6 milhões de brasileiras.

Segundo os médicos, a principal vantagem do novo medicamento (Allurene) é o uso prolongado e por via oral. Antes, o único tratamento aprovado para a doença eram drogas que interrompem o funcionamento dos ovários, causado uma menopausa temporária (análogos do GNRH). São administradas por injeção ou aerossol nasal.

O problema é que elas não podem ser usadas por mais de seis meses porque tiram o cálcio dos ossos, levando à perda óssea (osteoporose).

Outra opção (off label, ou seja, usada sem indicação oficial para esse fim) é o DIU Mirena, que bloqueia a menstruação e inibe o crescimento do endométrio. Mas muitas mulheres não se sentem confortáveis com ele.


Para o ginecologista da Unicamp Carlos Alberto Petta, o Allurene não é a droga definitiva para tratar endometriose, mas é a única novidade nos últimos anos.

Estudos clínicos demonstraram que o remédio alivia, principalmente, as dores menstruais e as que surgem durante relação sexual.

Petta afirma, porém, que ainda não foram estudados os efeitos do remédio em grupos específicos de mulheres com endometriose, como aquelas em que a doença já se instalou no intestino ou na parede externa dos ovários (endometrioma).

AÇÃO DO REMÉDIO

O remédio é um repositor hormonal que inibe a produção do estrógeno no endométrio- o estrógeno é que alimenta a doença.

Segundo o ginecologista Maurício Simões Abrão, professor da USP, o medicamento pode causar alteração do sangramento menstrual.

.

O preço da droga, em torno de R$ 190 (para cada caixa com 28 comprimidos de 2 mg), é um outro fator limitante para mulheres com poder aquisitivo menor.

Petta e Abrão também alertam que ainda não há cura para a doença e que o tratamento deve ser adaptado para cada paciente. "Não existe uma única abordagem ideal", diz Petta.

Estudos demonstram que quase metade das mulheres com endometriose pode sofrer de infertilidade.

O diagnóstico costuma ser tardio. A mulher leva, em média, sete anos entre o início dos sintomas e a detecção e tratamento da doença.

DEMORA

Entre as mais jovens (abaixo dos 20 anos), o tempo é ainda maior: 12 anos.

"A demora do diagnóstico está claramente associada ao avanço da doença", diz Abrão. Falta de informação e acesso aos serviços de saúde são as principais motivos.

Segundo Abrão, o Ministério da Saúde estuda montar um programa com capacitação de médicos do SUS para um diagnóstico mais rápido e eficaz da doença. Hoje, o tratamento está disponível, principalmente,em centros médicos ligados às universidades públicas.

Aqui você pode ler a bula do Allurene:




Sobre Allurene®
Allurene® (comprimidos de 2 mg dienogeste) é indicado para o tratamento da dor pélvica associada à endometriose. Os ensaios clínicos sobre a eficácia de Allurene® duraram até 15 meses. Em ensaios clínicos, Allurene® foi geralmente bem tolerado.



Referências
1 Monografia de Allurene 2012. Pág 21
2 Monografia de Allurene 2012. Pág 14
3 Pesquisa SBE em parceria com a Bayer Healthcare.
4 Allen C, Hopewell S, Prentice A, Gregory D. Nonsteroidal anti-

inflammatory drugs for pain in women with endometriosis.
Cochrane Database Syst Rev 2009;(2):CD004753.
5 Nouri K, Ott J, Krupitz B, Huber JC, Wenzl R. Family incidence of endometriosis in first-, second-, and third-degree relatives: case-control study. Reprod Biol Endocrinol 2010;8:85–91.
6 Kennedy S, Bennett S, Weeks D. Genetics and infertility II Affected sib-pair analysis in endometriosis.
Hum Reprod Update 2001;4:411–418.
7 Kennedy S, Bergqvist A, Chapron C, D Hooghe T, Dunselman G, Greb R, Hummelshoj L, Prentice A, Saridogan. ESHRE guideline on the diagnosis and management of endometriosis. Human Reproduction 2005;20(10):2698-2704.
8 Ministério da Saúde
9 Cox, H., Henderson, L., Wood, R., & Cagliarini, G. (2003).
Learning to take charge: Women’s experiences living with endometriosis. Complementary therapies in nursing e midwifery, 9, 62-68. Sobre a Bayer HealthCare Pharmaceuticals
A Bayer HealthCare Pharmaceuticals, divisão da Bayer HealthCare, reúne 38 mil funcionários, em mais de 150 países e está entre as 10 maiores corporações de especialidades farmacêuticas do mundo com faturamento anual superior a €10 bilhões. A Bayer HealthCare Pharmaceuticals é formada pela união mundial da Bayer e da Schering AG, oficializada em 2006. A unidade brasileira é a sua maior subsidiária na América Latina. A atuação no Brasil contempla diferentes áreas de negócio: Saúde Feminina, Medicina Especializada, Medicina Geral e Radiologia e Intervenção.


Informações à imprensa - Burson-Marsteller
Alberto Madjer: (11) 3040-2412 / alberto.madjer@bm.com
Emilia Calábria: (11) 3094-2253 / emilia.calabria@bm.com
Fabiana Delgado: (11) 3094-2242 / fabiana.delgado@bm.com
Regina Ielpo: (11) 3094-2245 / regina.ielpo@bm.com
Renata Faila: (11) 3040-2396 / renata.faila@bm.com

Novo medicamento é boa opção no tratamento da endometriose

Endometriose é uma doença caracterizada pela presença de tecido endometrial (revestimento interno do útero) fora da cavidade uterina (como ovários, tubas, intestinos, bexiga, peritônio, e até mesmo no próprio útero, dentro do músculo). Seus sintomas principais são dismenorréia (cólica menstrual) e dor pélvica. É uma doença crônica que em casos graves pode ser altamente debilitante.
O número cada vez maior de casos de endometriose e a seriedade dos sintomas da doença vêm preocupando autoridades de países desenvolvidos e em desenvolvimento. Estima-se que 10 a 14% das mulheres, em sua fase reprodutiva (19 a 44 anos) e 25 a 50% das mulheres inférteis estejam acometidas por esta doença.

Frente a isso, muitos estudos vem tentando encontrar a melhor abordagem desta doença. Ela normalmente é tratada cirugicamente (exérese cirúrgica das lesões) com associação de medicações. O objetivo do tratamento é aliviar dor e outros sintomas, reduzir as lesões de endometriose e melhorar qualidade de vida. Tendo em vista que é uma doença crônica, o tratamento deve manter-se por períodos prolongados e consiste na supressão hormonal. O tratamento padrão é o análogo de GnRH, medicação que inibe a hipófise, levando a um estado de menopausa. É efetivo na redução da dor, alívio dos sintomas e redução de lesões. Entretanto, é muito freqüente efeitos colaterais de fogachos (ondas de calor) e secura vaginal, além de pode causar osteoporose se uso prolongado. Assim, este tratamento é preconizado por no máximo 3 a 6 meses.
Após esse período, tem sido utilizados anticoncepcionais de uso continuo ou progestágenos, que podem ajudar na não progressão da doença e alívio dos sintomas.
Recentemente uma nova medicação foi lançada no Brasil. Trata-se do
Allurene, cujo componente ativo é o dienogeste, um progestagênio com forte atividade progestacional e sem atividade androgênica. A dose recomendada é 1 comprimido de 2 mg via oral 1 vez ao dia.
Estudos mostraram eficácia no alívio da dor semelhante ao análogo do GnRH e redução das lesões de endometriose. A melhora dos sintomas se mantém por períodos prolongados de uso. Efeitos colaterais são leves e infreqüentes e são eles: dor de cabeça (9%), dores mamárias (5,4%), desânimo (5,1%) e acne (5,1%). Diferente do análogo de GnRH, não tem efeitos colaterais anti-estrogênicos relevantes como diminuição da massa óssea e sintomas de menopausa (calores, secura vaginal...), freqüentes com o uso do análogo. Também não se associa com efeitos androgênicos clinicamente relevantes e não tem impacto negativo sobre o perfil de lipídios, diferente de alguns progestagênios. Com o uso contínuo, há redução progressiva na freqüência e intensidade do sangramento.

O Allurene para o tratamento da endometriose mostra segurança e eficácia, sendo adequado para o uso a longo prazo e é uma opção de tratamento oferecida pela equipe do IPGO para pacientes com essa doença.

Fonte:http://www.guiaendometriose.com.br

Bom gurias, se valhe uma opinião pessoal, eu adorei esse medicamento. Foi o melhor que já usei de todos esses anticoncepcionais de uso contínuo!NUnca masi tive cólicas( e olha que as minhas eram atroses!), e nenhum desconforto. Espero que ajude vocês como ajdou a mim. Desvantagem: O preço salgado! Mas o laboratório tem um programa de desconto, basta ligar e se cadastrar.

   Livros interessantes para quem tem Fibromialgia.

 


Indico este livro á todas as pessoas que desejam conhecer um pouco mais sobre esse universo, ainda pouco desbravado, da Fibromialgia. È um livro que exclarece pontos importantes a respeito da doença, e também nos conforta. Pois os depoimentos de pacientes, fazem-nos perceber que naõ estamos

 

 

O livro:

 

“O Coração Sente, O Corpo Dói” – Como reconhecer e tratar a Fibromialgia.

 

Autora: Dra.Evelin Goldenberg, Editora Atheneu.

 

A obra é baseada em estudos da reumatologista e acompanhamento de portadores da doença, que atinge entre 3,5 e 8,9 milhões de brasileiros. De difícil diagnóstico, a síndrome é caracterizada pela amplificação da dor em diversas partes do corpo, fadiga inexplicável, irritabilidade, sensação de formigamento em braços e pernas, depressão, entre outros

 

sintomas. O livro conta com a apresentação da atriz Eva Todor e traz histórias reais de pacientes que aprenderam a conviver com a doença. “O livro esclarece de uma maneira simples e objetiva o que é a fibromialgia, como ela atinge de forma direta ou não milhões de pessoas”, afirma Dra. Evelin Goldenberg

 

 


 

Reprodução humana

 
reproduzido de VEJA, 02/07/2012

Nascidos por reprodução assistida chegam a 5 milhões


Dados foram calculados para uma apresentação do Comitê Internacional para Monitoramento de Tecnologias de Reprodução Assistida



O número de bebês nascidos por reprodução assistida chegou a 5 milhões desde 1978, quando nasceu o primeiro bebê de proveta, a inglesa Louise Brown. Os dados do levantamento mundial serão apresentados nesta semana durante o Encontro Anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE, sigla em inglês), que teve início neste domingo em Istambul, na Turquia.




Os dados foram calculados para uma apresentação do Comitê Internacional para Monitoramento de Tecnologias de Reprodução Assistida (ICMART). Os dados finais têm como base os números de fertilização in vitro (IVF, sigla em inglês) e de ciclos de tratamento de microinjeção intracitoplasmática (ICSI, sigla em inglês, é a injeção de um espermatozoide dentro do óvulo) registrados no mundo até 2008 — com estimativa também para os três anos posteriores a essa data.

"Isso significa que a tecnologia tem sido muito bem sucedida no tratamento de pacientes inférteis", diz David Adamson, presidente do ICMART. De acordo com o especialista, a tecnologia para fertilização in vitro melhorou muito nos últimos anos. “As maiores barreiras de acesso às técnicas são econômicas ou sociais", diz Adamson.

Segundo os dados, os dois países mais ativos são Estados Unidos e Japão, mas a região mais ativa, de longe, é a Europa. Atualmente, nascem a cada ano cerca de 350.000 bebês por reprodução assistida.


Europa — O dado europeu mais recente que será apresentado no Congresso é de 2009, e mostra que a demanda por tratamento continua a crescer — de 532.260 em 2008 para 537.287 em 2009. A média de disponibilidade de tecnologia para reprodução assistida na Europa está perto de 1.000 ciclos por milhão de habitantes. Isso varia, no entanto, entre os países e depende muito das políticas de financiamento locais. A disponibilidade na Europa é maior do que nos EUA, mas menor do que na Austrália.

Anna Pia Ferraretti, presidente do Consórcio para Monitoramento de IVF do Congresso, disse que a necessidade global de tecnologias para a reprodução assistida está estimada para ser de, ao menos, 1.500 ciclos por milhão de habitantes por ano. Isso é visto na Dinamarca (2.726 ciclos/milhão), Bélgica (2.562), República Tcheca (1.851), Eslovênia (1.840), Suécia (1.800), Finlândia (1.701) e Noruega (1.780).

As taxas de sucesso de um único ciclo de tratamento de IVF e ICSI — dados relativos a 2008 — aparentam ter estabilizado num índice de gravidez de cerca de 30% por embrião transferido. De acordo com Ferraretti, houve uma redução significativa no número de embriões transferidos. "A tendência geral na Europa de transferir menos embriões continua. Descobrimos que, em 2009, comparado com anos anteriores, foram realizados mais procedimentos com menos de três embriões ou com apenas um. Como resultado, os casos de trigêmeos caíram para menos de 1% e, pela primeira vez, os índices de gêmeos ficaram abaixo de 20% (19,6%)."







Os Riscos da Fertiliazação assistida:Gravidez Múltipla
A gravidez de mais de um bebê é o principal risco das técnicas de reprodução assistida e guarda relação direta com o número de embriões transferidos para a cavidade uterina, além de estar relacionada a outros fatores, como a idade da mulher. A transferência de mais de um embrião é feita com a intenção única de aumentar a chance matemática do sucesso gestacional, mas sabe-se que os fatores associados a esse sucesso são múltiplos e nem todos conhecidos.

As taxas de gravidez múltipla por fertilização in vitro (FIV) variam, em geral, entre 20% e 30%, mas a redução espontânea e precoce a um único saco gestacional acontece em parcela significativa dos casos. Dessa forma, para casos em que se transferem dois embriões para a cavidade uterina, estima-se gemelaridade em 22% das gestações em curso; quando há transferência de três embriões, esperam-se cerca de 20% de gestações duplas e 5% de triplas.

As gestações duplas, quando há acompanhamento pré-natal adequado e em centros urbanos com boa estrutura hospitalar, podem evoluir de maneira bem satisfatória, como as gestações únicas. As gestações de mais de dois fetos, contudo, estão associadas de forma significativa a perdas gestacionais, grandes limitações maternas, partos complicados, prematuridade e complicações neonatais, entre outros problemas. A mulher que recebe mais de um embrião deve estar ciente desses aspectos.

A única forma de reduzir a incidência de gravidez múltipla em pacientes submetidas a técnicas de reprodução assistida é diminuir o número de embriões transferidos para o útero, principalmente em pacientes jovens. Embora seja comum perceber entre os casais com dificuldades reprodutivas o desejo da gravidez múltipla, tendemos a alinhar o discurso com base na premissa de que “menos é mais”.

Seguindo a tendência de limitar o número de embriões transferidos, com objetivo de equacionar segurança e bons resultados dos tratamentos, o Conselho Federal de Medicina, em conjunto com as sociedades médicas de especialidades relacionadas, determinou, ao final de 2010, as quantidades máximas de embriões a serem transferidos de acordo com a faixa etária da mulher. Com a Resolução 1957/2010, mulheres com idade até 35 anos passam a receber, no máximo, dois embriões por ciclo, enquanto mulheres com 36 a 39 anos, três embriões, e aquelas com 40 ou mais anos, quatro. Nos casos em que são produzidos embriões sobressalentes, o congelamento é a opção disponível.

Por fim, é importante que se propague a consciência de que a gestação múltipla concorre mais frequentemente para complicações pré-natais, perinatais e pós-natais do que para o curso saudável. A orientação ao casal que busca tratamento deve contemplar esse aspecto. Embora seja notória a comoção causada pela graça dos bebês gêmeos, é preciso atinar para os riscos!


créditos:http://drbrunoramalho.blogspot.com.br/search/label/gemelaridade

0 comentários:

Postar um comentário

Blog contents © Artes, Perebas e Etecéteras 2010. Blogger Theme by Nymphont.