Figura do rei é apenas um pouco maior do que a dos seus homens
A característica dos desenhos, encontrados próximos do rio Nilo, no Sul do país, indica que foram criados durante a "dinastia 0", período durante o qual uma série de reinos teriam disputado a supremacia no Egipto. No entanto, a descoberta não é recente, já que os primeiros relatos sobre estas imagens já tinham sido feitos pelo britânico Archibald Sayce (1845-1933), no fim do século XIX, vieram a público quando não se sabia nada sobre a "dinastia 0" e, por isso, caíram no esquecimento.
Stan Hendrickx, da Faculdade Hasselt, John Coleman Darnell e Maria Carmela Gatto, ambos da Universidade Yale (EUA), estimam que as gravuras tenham sido feitas por volta de 3200 a.C., um século antes do reinado de Narmer, considerado por muitos o primeiro faraó a unificar o Alto e o Baixo Egipto.
Nas gravuras, a figura do rei é apenas um pouco maior do que a dos seus homens e aparece acompanhado por um cão – símbolo de poder na época. O principal desenho inclui uma inscrição em hieróglifos, a escrita egípcia por excelência, que menciona um "séquito náutico".
Hendrickx associa essa expressão a um costume dos faraós posteriores, o "Séquito de Hórus", no qual o rei percorria o país a cada dois anos, actuando como juiz e recolhendo impostos (Hórus era o deus com o qual o faraó se identificava na vida terrena).
Segundo os investigadores, o passo seguinte é proteger o local, não apenas por estar ao ar livre, mas também devido à recente situação política do Egipto.
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